Financiamento coletivo do Site da Baixada no Catarse completa um ano de arrecadação
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O maior desafio do jornalismo no século XXI, junto do combate a notícias falsas, é o financiamento. A maneira como um veículo se sustenta financeiramente pode influenciar diretamente na sua linha editorial, no volume e principalmente na qualidade das notícias – tanto na apuração quanto na produção. Grandes jornais como o New York Times investiram nos assinantes para manter sua independência e viram nessa estratégia um caminho seguro para manter suas operações.
Paralelo ao modelo de assinaturas em troca de conteúdo exclusivo, uma outra forma de financiar tem ganhado cada vez mais espaço: o financiamento coletivo. Neste sentido, o Site da Baixada desembarcou na plataforma Catarse em março de 2020, dias antes do início da pandemia. A campanha tomou forma e garantiu a manutenção mínima do portal durante este período tão difícil para a humanidade.
Luis Otávio Ribeiro, diretor de estratégia e co-fundador do Catarse, celebra o primeiro ano da parceria: “esperamos que o primeiro ano do Site da Baixada no Catarse seja apenas o início de uma relação ainda mais profunda junto ao modelo, sempre em defesa do jornalismo baseado nas boas práticas e tendo o público como aliado fundamental. É uma parceria que já gera importantes frutos, mas que irá muito além de seus próprios objetivos”.
Para Wesley Brasil, editor e fundador do Site da Baixada, o financiamento representa mais do que a arrecadação financeira: “é o nosso grito de independência. Mostramos que somos capazes de engajar pessoas, que tem gente interessada em ver projetos sérios de conteúdo no território… O nosso financiamento coletivo nos permite manter independência diante dos poderosos na Baixada Fluminense”.
O apoio dos leitores permitiu, por exemplo, que o SB fizesse uma ampla cobertura em defesa do IFRJ de Belford Roxo, que foi alvo de uma pesada investida do executivo municipal para removê-lo. Também permitiu a realização de diversas reportagens e do Baixadacast, o podcast do Site da Baixada. Wesley explica: “nossa operação tem custos que não são altos porque somos enxutos, mas queremos expandir. E não tem outro jeito: pra crescer precisamos contratar pessoas, gastar com logística na apuração de reportagens, comprar e substituir equipamentos, além de outros gastos como servidores e serviços digitais”.
Para alavancar a arrecadação, o portal realizou uma live diferente no Dia da Baixada (30/04), convidando os leitores a doarem através do PIX (pix@sitedabaixada.com.br) e do PicPay (@sitedabaixada). O resultado foi uma arrecadação de R$505 em apenas uma hora e meia de transmissão, num show digital reunindo a Redação do Site da Baixada num tom alegre, celebrando a data especial junto da captação de fundos junto dos leitores.
Os planos para a arrecadação em 2021 são na maioria voltados para o audiovisual. Além do Boletim Baixada, que já faz parte da rotina semanal dos seguidores no instagram e YouTube, o portal planeja produzir outras peças na linha do minidoc ‘Expedição Iguaçu‘ e também reportagens especiais acompanhadas de vídeos. Esse investimento já pode ser percebido no instagram do portal, @sitedabaixada, onde vídeos curtos já estão se tornando cada vez mais comuns.
SERVIÇO
Site da Baixada no Catarse
catarse.me/sitedabaixada