Cantor da Baixada, João Azevedo homenageia festas juninas no single “Marmió”

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É em clima de de quentão, chita, maçã do amor e forró que o músico João Azevedo celebra os festejos caipiras por todo o Brasil em sua nova faixa, “Marmió”. Abrindo a canção com o refrão “Não me leve a mal/festa junina é marmió que carnaval”, o artista elenca as vantagens de uma das celebrações mais democráticas do país e homenageia os mestres que embalam esses encontros, há décadas, com muito baião – de Gonzagão e Marinês a Alceu Valença e Elba Ramalho, passando por Gilberto Gil e Dominguinhos. A faixa já está disponível para audição nas principais plataformas de streaming.

A comparação bem humorada com o Carnaval não para no refrão: para construir a melodia dançante de “Marmió”, João Azevedo contou com um time experiente de músicos que, curiosamente, integram Agytoê, Empolga às 9, Vamo ET, New Kids On The Bloco e Maracutaia, já tradicionais blocos de rua carnavalescos no Rio de Janeiro. Mais que acirrar rivalidades, o compositor quer exaltar a cultura de rua brasileira e a tradição popular.

“‘Marmió’ não pretende de jeito nenhum depreciar o carnaval. É somente uma opinião em tom bem humorado, brincalhão, alegre. Mesmo gostando do carnaval, pra mim, festa junina é ‘marmió’ (risos), por conta do clima, da decoração, das comidas e do romantismo. Desde a primeira apresentação ao vivo, esse música vem fazendo muito sucesso no público, que canta e dança mesmo quando não concorda, pois entende que a intenção é a celebração. Não havia pretensão de gravá-la, registrá-la em um disco ou algo assim. Era somente uma música que acontecia ali, ao vivo, com muito improviso, entre a leitura de um correio do amor no palco”, relembra João, que compôs a canção como um esquete encenado em suas apresentações ao vivo com ajuda da banda.

Embora a composição date de 2017, “Marmió” começou a surgir ainda na infância. A inspiração do título, por exemplo, veio da canção “Numa sala de reboco”, de Gonzagão, e de momentos compartilhados com a avó de João, Anri Cataldo.

“Cresci ouvindo Luiz Gonzaga no quintal de casa, em especial no período de festas. Eu conhecia tudo. Ouvia os vinis que minha avó sempre colocava pra tocar enquanto enfeitávamos nosso quintal com bandeirinhas e preparávamos as comidas. Na rua, a fogueira assando batata doce e no toca discos Luiz Gonzaga cantava ‘enquanto o fole tá tocando, tá gemendo, vou cantando e vou dizendo meu sofrer pra ela só. E ninguém nota que estou lhe conversando, nosso amor vai aumentando pra que coisa mais mió’. Cantado por ele, pra mim sempre soou como ‘Marmió’ e foi assim que sempre pensei e falei e acabei escrevendo a letra”, rememora.

A mescla de ritmos é uma constante no trabalho de João Azevedo, que une o samba e o xote, o samba-reggae e o ijexá, em canções plurais. É o que chama de Música Popular de Terreiro, manifesta no encontro do encantamento, no ponto, na poesia, no coro de um refrão simples cantado na palma da mão e no movimento da dança. O artista da Baixada Fluminense lançou em 2018 o EP “Sessão de Aprumo”, uma coleção de quatro faixas autorais onde contou com as participações especiais de Kiko Horta e Ana Bispo em duas delas. As letras versam sobre a sua ligação com a espiritualidade, além de paixões e questões existenciais.

Com o lançamento de “Marmió”, João Azevedo mira no futuro e já prepara outras novidades.

Ouça “Marmió”: http://smarturl.it/MarmioSingle

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