Museu Ciência e Vida completa 10 anos em Duque de Caxias

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Observar os astros e as estrelas bem de perto desperta a curiosidade de crianças, jovens e adultos. Muita gente também se interessa pela história das descobertas científicas, o que leva milhares de visitantes a museus ao redor do mundo. E, há dez anos, a Baixada Fluminense contribuiu ainda mais para esse circuito com a inauguração do Museu Ciência e Vida, da Fundação Cecierj, no dia 1º de julho.

Localizado em Duque de Caxias, o espaço é um importante complexo de ciência, cultura, educação e tecnologia e busca desenvolver um trabalho bem próximo com a comunidade. Há dois anos, as famílias atendidas pelos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) das cidades de Magé e Duque de Caxias também participam de atividades no Museu.

“Todas as atividades desenvolvidas no Museu Ciência e Vida são construídas com participação de muitos parceiros e com a acolhida da população de Duque de Caxias e do entorno. Com a realização de debates, festivais, teatro e música, o museu se tornou um importante lugar de encontros e trocas na Baixada Fluminense despertando a curiosidade e o prazer de aprender dos seus visitantes”, destaca o professor Robson Coutinho Silva, vice-presidente Científica da Fundação Cecierj, que coordena o museu.

Desenvolver o projeto da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia possibilitou que o museu firmasse a parceria com os CRAS de Duque de Caxias e de Magé, que indicam as famílias para participarem das atividades. Em 2018, o tema foi geração de renda e o aumento do poder de compra com a realização de oficinas de sabão, desinfetante, amaciante e velas, que contou com a participação de 275 pessoas, além de 543 alunos de escolas públicas e 4770 do público espontâneo. Para este ano, dando continuidade ao trabalho (outubro de 2019 a agosto de 2020), estavam programadas oficinas sobre água e papel reciclado para os adultos e robótica para adolescentes e jovens, além das visitas às exposições e ao planetário. As atividades com os CRAS serão retomadas assim que acabar o isolamento social.

“Em 2018, com o projeto da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, nós ampliamos para as famílias atendidas pelos CRAS, que são pessoas, em sua maioria, fora do ambiente escolar e que não tinham acesso a um museu de ciência. Esse trabalho se soma ao que já desenvolvemos com os estudantes das escolas públicas da região, especialmente da Região Metropolitana”, explica Iviling Meloni, mediador do museu e aluno do mestrado em Ensino de Biociências e Saúde pela Fiocruz, cujo tema da pesquisa é a aproximação do público em situação de vulnerabilidade com a ciência.

O espaço, onde anteriormente funcionou o Fórum do município, foi totalmente reformado e adaptado para receber as instalações do Museu Ciência e Vida, que tem quatro andares e abriga exposições fixas e itinerantes, realiza oficinas, peças de teatro e atendimento no Planetário Marcos Pontes com capacidade para 68 pessoas. “Foram vários momentos marcantes, mas me recordo que os adolescentes ficaram muito entusiasmados com o planetário, umas das atrações mais interessantes para eles. Saíram de lá radiantes”, conta Aline Correia de Paiva, que é assistente social no CRAS de Surui, em Magé, e acompanhou um dos grupos na visitação ao espaço.

O Museu Ciência e Vida conta com parceiros importantes desde o início e que colaboram com a sua programação: Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz-Fiocruz, Museu de Astronomia e Ciências afins – MAST, entre outros, além das universidades e empresas públicas como a Embrapa e o Inmetro. De olho no futuro, o Museu Ciência e Vida vislumbra completar outras décadas cumprindo o seu papel como um ambiente de divulgação científica, cultural e inclusivo. E para isso, se mantém aberto ao diálogo com membros dos setores da Educação e da cadeia criativa da região:

“Na cidade de Duque de Caxias, dialogamos com os produtores culturais locais, com os coletivos de artistas, bem como as instituições de ensino e órgãos municipais. Como nosso museu conta com um amplo auditório, temos o prazer de receber e realizar diversas atividades com esses parceiros”, concluiu a professora Mônica Dahmouch, responsável pelo equipamento.

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