Bibliotecas comunitárias de Duque de Caxias incentivam leitura em casa

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A pandemia da covid-19 também causou efeitos no setor de bibliotecas da Baixada Fluminense. Em Duque de Caxias a rede de bibliotecas comunitárias Tecendo Uma Rede de Leitura decidiu realizar ações para incentivar a leitura em casa através de atividades virtuais. O coletivo atua desde outubro de 2012 nos bairros de Jardim Primavera, Saracuruna e Parada Angélica. A finalidade é a promoção do acesso gratuito ao livro e à leitura por meio de atividades culturais, educativas e de lazer que contribuam para a ampliação dos horizontes culturais e sociais dos participantes.

No total são sete bibliotecas distribuídas por quatro distritos de Duque de Caxias. Os espaços de leitura e bibliotecas que participam atualmente da rede são: Biblioteca Comunitária Josimar Coelho da Silva, Biblioteca Comunitária MANNS, Biblioteca Comunitária Vila Aracy, Espaço Literário Balaio de Leitura, Varanda Literária Maria de Lourdes Miranda, Espaço Literário Gigi Guerra e Tapete Literário.

O porta-voz do coletivo, Charles Monteiro, afirma que o momento é um grande desafio não somente para os gestores dos espaços, para mediadores e para os voluntários da Tecendo Uma Rede de Leitura como também para os leitores.

A mediadora Patrícia Pontes afirma que “o trabalho tem sido realizado de forma protetiva e informativa” para os leitores através das redes sociais. Mediadores e voluntários, segundo Charles Monteiro, realizam interações diversificadas. Leitores jovens gravam vídeos com leituras de livros que já possuem em casa e enviam para os responsáveis das bibliotecas. Desta forma tornam-se protagonistas das próprias histórias.

“É uma experiência nova e bastante desafiadora pelo fato de encontrar uma estratégia de chamar atenção dos leitores. Não é fácil. Porém conseguimos criar formas de prender a atenção do nosso público sem poder estar perto. Estamos tendo um retorno bacana através de fotos, poesias feitas por eles e vídeos”, comenta a mediadora Leydmilla.

Durante a pandemia, além das ações com leitores, a Tecendo Uma Rede de Leitura tem realizado ações sociais com apoio da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) e em parceria com instituições do setor privado para atender de famílias carentes dos bairros de Saracuruna, Jardim Primavera, Campos Elíseos, Maria Helena, Parada Angélica e Figueira. Segundo Charles Monteiro, entre os meses de maio e junho foram mais de mil famílias atendidas.

A incerteza sobre o futuro também é uma questão para os membros do coletivo de bibliotecas. Segundo Patrícia Pontes, o cenário pós-pandemia nas bibliotecas comunitárias deverá ser de um novo olhar de acolhimento no sentido mais amplo da palavra.

“Estaremos recebendo alguns leitores que tiveram perdas materiais e de seus familiares, e nós, como bibliotecas comunitárias, devemos, através da leitura e literatura, alicerçarmos novos caminhos e formas de criarmos e planejarmos esse futuro junto ao nosso leitor de forma agradável e harmoniosa”, afirma Patrícia.

Não há, por enquanto, previsão de reabertura das bibliotecas para frequência de leitores quanto a pandemia da Covid-19 persistir com números alarmantes na Baixada Fluminense.

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