Poeta e artista plástico de Morro Agudo abre exposição inspirada em máscaras africanas

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A exposição “Iboju II” chega nesta segunda-feira (8) à Galeria de Artes Fenig. O artista plástico e poeta Á.t.o.m.o, morador de Morro Agudo, mostra suas telas inspiradas nas máscaras africanas. Se na primeira série Iboju ele adotou o estilo monocrático, a partir de linhas geométricas, dessa vez, as obras são feitas à mão livre, e há muita cor nessa nova exposição que marca o mês da Consciência Negra. A entrada é gratuita, seguindo os protocolos sanitários com uso de máscara. De 8 de novembro a 7 de janeiro, das 9h às 16h30. A Fenig, Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu, órgão da Prefeitura de Nova Iguaçu, fica na Rua Governador Portela, 812, no Centro do município.

“Desenho desde criança. No início dos anos 90 eu criava logotipos. Fiz ilustrações para o Zine do Enraizados. Em 2013, comecei a fazer as capas dos meus discos, umas desenhadas, outras com colagens”, lembra o artista originário do rap.

Inspirado na arte livre de artistas como americano Jean-Michel Basquiat e o sergipano Arthur Bispo do Rosário, Á.t.o.m.o destaca que antes de tudo é um poeta. “Eu tenho necessidade de fazer arte. Umas saem como escrita, outras como desenho, colagem e coisas do tipo. Um ato político. As máscaras africanas, por exemplo, tem algo de político por trás delas. Após o término de cada obra, segundo a fisionomia da mesma, eu batizo com um nome africano”, afirma o artista.

Tinta acrílica, verniz e molduras com madeira reciclada são os materiais que Á.t.o.m.o utiliza. Para ele, representa muito expor em Nova Iguaçu. “Acho bem significativo expor na Fenig. Como sou daqui e comecei a fazer arte aqui, vi muitos artistas, principalmente pintores e poetas do Desmaio Público, do Manhãs de Outono, a identificação com a minha cidade. Estou muito honrado”, finalizou o Á.t.o.m.o.

Num resgate da vocação da Fenig nas artes visuais, a Fundação inaugurou a Galeria de Artes em novembro de 2019, com a exposição internacional “Ojú Olhos”, do fotógrafo Raimundo Santa Rosa, que trouxe a beleza da cultura dos povos africanos, numa celebração do mês da Consciência Negra. As exposições seguintes das pintoras Nicole, Cristiane Paula, Ane Alves, Solange Maria de Souza e Elis Sampaio, dos pintores Jeremias Cristino e Rodrigo Monteiro e a exposição coletiva “Artista é a mãe”, com curadoria de Silvia Schiavone, mostram a força das artes visuais em Nova Iguaçu.

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3 comentários

  1. Eliane Gonçalves disse:

    Que felicidade ver esse reconhecimento à Arte do Átomo!!! Desejo muito sucesso e grandes voos ao querido Poeta. Parabéns!!!

  2. Elson Alexandre disse:

    Puxa, Que sensacional! Fico feliz e orgulhoso quando um irmão avança nesse tipo de realização, sobretudo, aqui na Baixada, e com uma temática afrodescendente. Também sou poeta e artista plástico, e amo quando empreitadas desse tipo valorizam um artista daqui. Parabéns!

  3. Claudomira Macedo disse:

    Com certeza eu irei prestigiar e conhecer o seu trabalho !!

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