Atriz iguaçuana protagoniza longa sobre rodas de rima e slams na metrópole do Rio

Filme “NuFlow” tem como plano de fundo ações que se passam por Duque de Caxias, Mesquita, Nova Iguaçu e outros locais da Região Metropolitana

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Um mapeamento de rodas culturais e slams pela metrópole do Rio de Janeiro, com grande foco na Baixada Fluminense. Esse é o ponto de partida do NuFlow, primeiro longa documental do projeto audiovisual Canal Plá. Mais do que isso. Entre um beat e outro, a poeta e atriz Adrielle Vieira vive na tela o desafio de encarar a plateia de cada lugar dividindo suas ideias e pensamentos através de rimas e melodias. Adrielle é natural de Austin, em Nova Iguaçu.

Ao longo do filme, ela reflete sobre racismo, misoginia e como lidar com a dor e a violência psicológica durante seus processos criativos e artísticos. Com passagens por Duque de Caxias (Rap Free Jazz), Nova Iguaçu (Roda Cultural QDN Rap), Mesquita (Roda de Santo Elias), Niterói (Roda Conexão Favela e Arte) e Zonas Norte (Slam Laje, no Complexo do Alemão, e Slam Marginow, em Madureira) e Zona Sul (Slam das Minas, no Largo do Machado) da cidade do Rio, Adrielle também apresenta uma nova intervenção a cada ação cultural.

O longa teve sua 1ª exibição no Cineclube Mate com Angu (Duque de Caxias), em dezembro/2019, com a presença de realizadores culturais de toda Baixada Fluminense. Após uma breve pausa no início de 2020, a pandemia interrompeu toda a articulação para exibições e também a campanha promocional na internet.

Para o idealizador do projeto e fundador do Canal Plá, José Alsanne, isso aconteceu, principalmente, porque o filme fala sobre “encontros, ‘aglomerações culturais’ que não deveriam ser incentivadas naquele momento”, narra o jornalista e produtor cultural.

A protagonista Adrielle Vieira conta que esta foi uma oportunidade interessante para conhecer mais sobre o rap, sobre o funcionamento dos slams e sobre estar com amigos. “Conheci novos artistas e tive a oportunidade de me apresentar em todas os eventos, dizendo o que sentia”.

Para ela, as mensagens do NuFlow vão ecoar por bastante tempo. “Inclui não só a minha história, como a trajetória de outras pessoas. Uma das principais mensagens do projeto é falar e refletir sobre ser poeta, artista preta, entender e lidar com as nossas particularidades na sociedade em que vivemos”, conclui Adrielle.

Para assistir completo, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=M5vFJ6qossU

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