Festival Terra do Rap terá apresentações na Pavuna e Duque de Caxias

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A caminho de sua 10ª edição, a Terra do Rap celebra o marco urbano: 50 anos da Cultura Hip-Hop. Com proposta itinerante, o festival começa na Pavuna, em seguida vai em direção aos Teatros Firjan SESI Jacarepaguá, Macaé, Campos, Itaperuna e Caxias. A programação acontece entre os dias 12 e 20 de novembro.

Idealizado pelo rapper e morador da Pavuna Vinicius Terra, a Terra do Rap é o primeiro festival de fomento a novos artistas urbanos no Brasil em intercâmbio com periferias dos países e territórios de língua portuguesa. Mediante a uma imersão educativa, o festival reúne apresentações artísticas que visam descolonizar a língua e valorizar as produções feitas por artistas periféricos pautados na cultura hip-hop no estado do Rio de Janeiro.

Com 10 anos de existência e resistência na cena, Vinicius Terra conta que o festival já revelou artistas como Bk, A Bronca, Don-L, Kaê Guajajara, Luccas Carlos, entre outros. Sua expectativa para essa edição é “dar continuidade aos resultados de imersão à luz da Metodologia Rap Lusófono, processo educativo que desenvolvemos há 1 década e que prospecta novos artistas da música rap, pautada nesta cultura bonita e agregadora chamada de hip-hop, que dialoga e se adapta às diversas realidades de periferias urbanas, seja no Rio, em Luanda ou em Lisboa, por exemplo.” O diferencial enquanto festival é “perceber a capacidade de novos artistas e potencializá-los no mercado da música”, completa.

Cria da Pavuna e local onde vive até hoje, Vinicius Terra conta que “realizar o festival na Pavuna, é devolver um pouco daquilo que já fizemos ao longo desta última década em circuitos centrais em cidades como Lisboa, São Paulo ou mesmo no Rio. É entender que a periferia é o centro! É onde surgem as tendências que nutrem a cultura e o mercado da arte constantemente.” Além disso, o espaço, não reconhecido como berço cultural no Rio, traz à Zona Norte símbolos como a cantora e compositora Jovelina Pérola Negra por meio de equipamentos culturais como a Arena. Na abertura, o festival aproveita a ocasião para render uma homenagem aos 80 anos da sambista com uma música coletiva feita pelos participantes da Imersão Terra do Rap.

A programação em destaque ainda inclui o intercâmbio de artistas consolidados junto a jovens artistas da Pavuna e entornos que participaram da imersão educativa, assim como o contato com rappers de outros países de língua portuguesa. Entre os convidados estão o rapper português Maze, presente em edições no Rio (2016) e Lisboa (2018), tanto como artista quanto como mentor nos processos de imersão do Festival, a “Madrinha” do Hip-Hop Juju Rude, o produtor musical Suntizil e a angolana Cold Jas.

“O MC é um poeta. O poeta abrange todas as restantes nomenclaturas que se possa incluir aí: o artista de ‘spoken word’, o artista de ‘slam poetry’, o MC, o ‘rapper’. Isso são tudo sucedâneos do poeta, ou versões diferentes do poeta. O poeta a posicionar-se de formas diferentes. O poeta é mais abrangente e é sempre primordial. Aqui estão os poetas, mas estão os poetas enquanto MCs também”, conta Maze, reforçando a importância da Terra do Rap enquanto iniciativa que também valoriza a lírica dos mcs e rappers nos palcos.

SERVIÇO
Abertura Festival itinerante Terra do Rap
Gratuito
Data: 12/11
Horário: 15h às 20h
Local: Arena Jovelina Pérola Negra
Endereço: Praça Ênio, s/n – Pavuna, Rio de Janeiro – RJ, 21520-410
Classificação: 12 anos

Teatro Firjan SESI Duque de Caxias
Data: 20/11 (segunda-feira/feriado)
Endereço: Rua Arthur Neiva, 100 – Centro – Duque de Caxias
Horário: 19h
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Capacidade teatro: 204 lugares / 02 cadeirantes / 02 obesos
Bilheteria online: https://bileto.sympla.com.br/event/88219

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