Deslocamento forçado: um problema global com 89,3 milhões de vítimas

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Diversas causas podem estar associadas a deslocamentos de pessoas a outros países, como a busca por trabalho, melhor colocação profissional e melhores condições de vida; desastres naturais e situações climáticas extremas; crises políticas e socioeconômicas; e perseguições étnicas e religiosas.

Segundo a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur), o número de pessoas que tiveram que abandonar as suas casas está no nível mais alto desde quando começou a ser registrado em 2021.

Pelo menos 89,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixar suas casas. (Um crescimento de 8% em relação ao ano anterior e bem mais que o dobro verificado há 10 anos). Entre elas estão quase 27,1 milhões de refugiados, cerca de metade dos quais têm menos de 18 anos.

Após a crescente tensão gerada por exercícios militares realizados pelas forças armadas russas próximos à fronteira ucraniana desde o final de 2021, que causou a mais veloz e uma das maiores crises de deslocamento forçado de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial, e outras emergências humanitárias, da África ao Afeganistão e além, elevaram este número para a marca dramática de 100 milhões.

As pessoas movimentam-se por várias razões, migrações quando há uma ditadura em um país, forçando as pessoas a mudarem-se por medo de represálias, prisões e perspectivas futuras.

Aqui na América do Sul, como Venezuela, que mais de 7,1 milhões de pessoas deixaram Caracas, capital da Venezuela, em um dos maiores movimentos populacionais da história da América Latina, devido ao atual governo ditador, liderado por Nicolás Maduro, que em seu governo a inflação chegou a 10.000.000%.

Por outro lado, está a Síria, foi o país que mais gerou refugiados no mundo. Cerca de 824.400 pessoas foram forçadas a fugir dos conflitos que assolam o país, muitos se deslocaram em massa para a Europa, através do Mar Mediterrâneo, de forma precária e com embarcações inseguras.

Além da Síria, as crises na África subsaariana também levaram a novos deslocamentos. Quase 737.400 pessoas deixaram o Sudão do Sul para escapar de uma crise humanitária que cresceu consideravelmente. Burundi, Iraque, Nigéria e Eritréia também geraram grande número de refugiados.

Segundo o Ministério do Interior, cerca de 14 mil migrantes chegaram à Itália desde o início do ano, contra 5.200 do mesmo período no ano passado e 4.200 de 2021. A primeira-ministra Giorgia Meloni, restringiu as embarcações de salvamento que, segundo o seu governo, incentivam as pessoas a empreender uma perigosa viagem através do Mediterrâneo a partir do Norte de África.

Onde os refugiados são acolhidos?

A ONU é um dos órgãos criados para dar assistência aos refugiados, trabalham há mais de 70 anos para salvar vidas e proteger refugiados, oferecendo proteção, acesso à educação e assistência médica, em 135 países. Anualmente, são auditados por empresas independentes que checam como utilizam os recursos.

Cerca de 97% do orçamento do ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, vem de doações voluntárias. Quase inteiramente de contribuições voluntárias e empréstimos de governos, mas também de corporações, fundações e indivíduos.

ACNUR e UNICEF estabelecem dezenas de centros de apoio em países que acolhem refugiados, que podem utilizar os serviços de proteção e apoio. Sendo espaços seguros, equipados para fornecer informações, aconselhamento, saúde mental e apoio psicossocial, assistência jurídica e serviços de proteção.

As nações desenvolvidas são aquelas que recebem o maior número de refugiados, como países europeus e os Estados Unidos. Geralmente os refugiados escolhem países que estão perto dos seus países de origem com a esperança de voltar algum dia.

O país com o maior número de refugiados foi a Turquia, que acolheu cerca de 3,8 milhões, sendo um total de 2,9 milhões, vindos principalmente da Síria, e cerca de 30.400 refugiados do Iraque. A Colômbia ficou em segundo lugar, acolhendo aproximadamente 1,8 milhão, incluindo venezuelanos deslocados no exterior.

Além de. Ugada, que em terceiro lugar, vivenciou um aumento dramático da população de refugiados que saltou de 477.200 no final de 2015 para 940.800 no final de 2016. O número de refugiados também aumentou no Paquistão no final de 2016, considerando que 1,4 milhão de pessoas foram principalmente do Afeganistão.

O número de refugiados também aumentou na Etiópia, Jordânia e República Democrática do Congo. Na Alemanha, a população de refugiados mais do que duplicou em 2016 e chegou a 669.500 pessoas.

As crises na África subsaariana tendem a forçar as pessoas a fugir para os países vizinhos e, como resultado, esta região continua a acolher um número crescente de refugiados do Sudão do Sul, Somália, Sudão, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Eritréia e Burundi.

Mais de dois terços (69%) de todos os refugiados e venezuelanos deslocados no exterior saíram de apenas cinco países.

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A humanidade prezar pelos direitos básicos vida, liberdade e dignidade, hoje com a realidade que vivemos mundialmente implica perceber que quando o outro precisa de nossa ajuda, temos que ser solidários, independente da raça, religião, cultura, classe social é necessário que nos esforcemos para ajudá-lo.

Outra forma de pensar em nosso amanhã. Nenhum país e nenhuma cidade do mundo estão tão imunes a conflitos que não possam cair em uma guerra civil ou militar, à dominação por organizações criminosas ou a sofrerem com a falta de recursos no futuro, e talvez estejamos sujeitos a cair na condição de refugiados como acontece hoje com sírios, congoleses, afegãos, nigerianos, sudaneses, venezuelanos, cidadãos do leste europeu e de outras nacionalidades.

São nove anos consecutivos de alta no número de refugiados e deslocados devido às guerras entre líderes mundiais, para solucionar é necessário um esforço para solucionar esses conflitos internos que acabam impactando mundialmente. Se os líderes não se entenderem e não trabalharem, no ano que vem falaremos de novos números ainda maiores.

Fonte: https://www.omelhortrato.com/

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