Enfrentamento à discriminação étnico-racial deve ser central nas prioridades do G20
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O G20 está discutindo o tema do enfrentamento à discriminação étnico-racial para o desenvolvimento. O objetivo é aproveitar a experiência do Brasil em políticas de promoção da igualdade racial para impulsionar as discussões entre os países-membros do fórum. A ideia é ampliar o assunto para incluir ações para combater a pobreza e a desigualdade, bem como uma transição energética justa.
“Se tivéssemos que resumir em uma única palavra esses desafios, ela seria desigualdade. No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de maneira integrada e indivisível. Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Roberta Eugênio, secretária-executiva do Ministério da Igualdade Racial do Brasil (MIR), diz que a inclusão das dimensões de enfrentamento ao racismo na agenda do G20 mostra como a presidência brasileira entende a sobreposição entre desenvolvimento e igualdade racial, particularmente no que diz respeito às pessoas negras e indígenas, como uma estratégia fundamental para o desenvolvimento sustentável.
“É uma iniciativa corajosa mover as estruturas que perpetuam as realidades de exclusão e opressão das maiorias que têm sido historicamente vulnerabilizadas. É uma sinalização que resgata, com muita consistência, o protagonismo do Brasil na comunidade internacional e também sinaliza a pauta dentro do nosso país”, salientou Eugênio.