Dia Mundial da Síndrome de Down: Escola de Caxias realiza ações para conscientizar alunos
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“A única diferença entre mim e o Fabinho, que tem Síndrome de Down, é que ele é vascaíno, e eu sou Flamengo”. A frase foi dita pelo aluno Arthur Barros de Araújo, do 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Lia Márcia Gonçalves Panaro, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, durante o Projeto ‘Gentileza gera Gentileza’, que foi desenvolvido para fazer alusão ao Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado nesta quinta-feira (21/04). A iniciativa tem o objetivo de reforçar a importância da inclusão no âmbito escolar e social.
A fim de trazer conscientização, respeito, inclusão e informação à comunidade escolar, o colégio está promovendo diversas atividades pedagógicas, entre elas a confecção de cartazes, com frases como “O amor não conta cromossomos”, entre outras. Também são realizadas rodas de conversa na sala de leitura, exibição de vídeo informativo e palestras, que buscam evidenciar a luta pela garantia de direitos básicos, defendida no Dia Mundial da Síndrome de Down.
O estudante Fábio Antônio Pacheco, de 12 anos, tem Síndrome de Down e chegou ao colégio neste ano letivo. Mas, mesmo com pouco tempo, já conquistou toda a comunidade escolar com seu jeito alegre, comunicativo, inteligente e único.
– O Fabinho me incentivou a reciclar os meus métodos de ensino, principalmente a tornar as minhas aulas mais lúdicas e atrativas – disse a professora de Geografia Lilian Cabral, que ressalta ser fundamental trabalhar com a presença da família, uma vez que auxilia diretamente no processo de inclusão do aluno, seja na escola ou na sociedade.
– É muito importante essa socialização no ambiente escolar para a formação dele. Hoje, ele tem 12 anos, mas essa troca o ajuda até com as pessoas na rua. E daqui a alguns anos, quando ele se inserir no mercado de trabalho – disse o pai, que revelou que o filho ama estar no colégio se relacionando com os amigos e estudando.
A secretária de Estado de Educação do Rio de Janeiro, Roberta Barreto, destacou que a data é essencial para relembrar que há muito ainda para ser feito pela acessibilidade no país.
– Estamos trabalhando incansavelmente para isso em nossa rede estadual de ensino. Somos uma sociedade repleta de diversidade, em todos os sentidos, e devemos sempre falar de inclusão em todas as esferas – afirmou a secretária.
Para demonstrar que todos são iguais, a escola pediu que os alunos fossem de meias coloridas, pretas, brancas, listras, etc. A dinâmica tinha o objetivo de evidenciar que todos são semelhantes e diferentes ao mesmo tempo, independentemente da condição.
Fotos: Sandra Barros/Seeduc-RJ