Centro de Pesquisa em Magé amplia experiência com abelhas sem ferrão

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O Centro de Ensino, Pesquisa e Treinamento em Agroecologia de Magé (Cepta) já atua com experiências no plantio de diferentes alimentos. Também tem o LAPAO (Laboratório de Produção de Aves Orgânicas) com a criação das galinhas caipiras e a produção de ovos, e está previsto para setembro o lançamento da área de meliponicultura, onde estão sendo construídas as mandalas para criação das abelhas sem ferrão.

As abelhas nativas ou abelhas sem ferrão já viviam no Brasil muito antes das espécies estrangeiras serem trazidas por europeus. Também conhecida como “melíponas”, elas povoam diversos biomas do território brasileiro com mais de 300 espécies.

O projeto surgiu a partir da parceria com a AME-RIO (Associação de Meliponicultores do Rio de Janeiro) que trouxe um workshop para apresentar à comunidade agrícola de Magé, a importância das abelhas nativas. “Mostramos no workshop, realizado em abril deste ano, que as abelhas nativas brasileiras são de grande importância para a preservação da Mata Atlântica porque são as responsáveis por 90% da polinização. Ter essas abelhas numa área como Magé é um elemento que contribui com a agricultura na cidade”, explica o presidente da associação, Carlos Ivan da Silva Siqueira.

Para ampliar as pesquisas realizadas no Cepta, o secretário de Agricultura Sustentável, Miro Amorim, conta que “a primeira das quatro mandalas previstas para a criação das abelhas sem ferrão, está em construção na área de agrofloresta do centro de pesquisas do município. E várias iscas feitas com garrafas pet foram instaladas e já formaram colmeias”.

As abelhas que já ocuparam as iscas até o momento são da espécie Jataí, mas outras serão trazidas pela AME-RIO, como mandassaia, uruçu-amarela, iraí, mirim e mandaguari. “Queremos difundir essa tecnologia de como criar e multiplicar os enxames que estão na mata, ensinando a criação racional e a forma ecologicamente correta para retirada do enxame. É uma maneira de reintroduzir e proteger as abelhas no bioma”, finaliza Carlos Ivan.

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