Prefeitura de Nova Iguaçu oferece serviço de remoção de abelhas

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De setembro até o início de novembro, 43 ocorrências registradas. Média de três casos atendidos por dia. Esse é o balanço da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil de Nova Iguaçu (SuPDC) sobre o serviço de remoção de colmeias de abelhas Africanas (as que oferecem risco à sociedade), que passou a ser oferecido recentemente pela SuPDC após a nomeação de apicultores para atender às demandas da cidade.  A população pode solicitar o serviço ligando para o número 199.

“Vimos à necessidade de ter esses profissionais para atender aos chamados, que chegam de todas as regiões da cidade, com qualidade e sem cometer crime ambiental, ou seja, sem exterminação. Conduzimos as colmeias para um local seguro e apropriado, para uma área de mata”, explica o superintendente de operações da SuPDC, coronel bombeiro Djalma Antônio de Souza Filho.

Em Nova Iguaçu, as abelhas estão por toda parte. Tanto na área rural quanto na urbana. Já foram registrados casos nos bairros da Luz, Centro, K-11 e Posse. “Na área urbana é onde temos os maiores desafios, pois as abelhas se instalam muito próximas à população, como em forros de telhado de residências, em postes de iluminação, em baixo de caixas d´água, em frestas de difícil acesso. Com isso fica difícil e delicado de removê-las, requer muita técnica, tempo e, muita das vezes, ajuda de outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros. Já chegamos a passar mais de quatro horas atendendo um caso”, comenta Djalma.

Segundo Francisco Gomes Vieira, apicultor há 50 anos, Nova Iguaçu é uma região em que se concentra um enorme número de colmeias por conta de um fator histórico. Ele lembra que no Século XX, a principal atividade do município passou a ser o plantio das laranjas. Os pomares se estendiam por toda Estrada de Madureira (hoje, Avenida Abílio Augusto Távora) e os bairros de Cabuçu e Marapicu. Na época, Nova Iguaçu ficou conhecida como Cidade Perfume por causa do cheiro predominante da fruta.

“Até os anos de 1950, a cidade era tomada por laranjais. A laranja atrai as abelhas e a fruta as ajuda a produzir o melhor mel. Isso chamou a atenção dos criadores da época, que tinham sítios e mais sítios com criação de abelhas. Quando a cidade foi urbanizada, os laranjais sumiram e as colmeias acabaram abandonadas, mas continuaram se reproduzindo. Por isso estão aí até hoje”, conta Francisco.

É no verão, no período mais quente do ano, que as abelhas costumam ficar mais agitadas e, com isso, acabam atacando pessoas e animais quando se sentem ameaçadas. O veneno que há em seus ferrões oferece risco, podendo levar a óbito os alérgicos, se os devidos cuidados não forem tomados. A pessoa atacada por enxame deve procurar imediatamente uma unidade de saúde, independente de ser alérgico, pois pode ocorrer choque anafilático. Dor, inchaço e coloração avermelhada da pele são os principais sintomas de reações tóxicas da picada de abelha.

“Muitas pessoas acham que a fumaça do fogo, por exemplo, espanta os enxames, então vão pra cima das abelhas. Isso é errado. O efeito pode ser o contrário. As abelhas podem ficar mais agitadas e, com isso, atacar. Sempre aconselhamos a isolar a área, levar as crianças e os animais para um local seguro e chamar ajuda profissional. Somente o profissional, devidamente equipado, pode mexer nos enxames”, alerta Ricardo Pimentel Soares, apicultor há 15 anos.

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