Nova Iguaçu: Prefeitura assumirá serviços da AACD a partir de março
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Os pacientes assistidos pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) de Nova Iguaçu, entidade privada sem fins lucrativos que trata crianças e adultos com deficiência física, estão com a continuidade em seus tratamentos garantida. É que o prefeito Rogerio Lisboa anunciou, nesta quarta-feira (07), que o município assumirá a oferta dos serviços após o desligamento definitivo da entidade, em março.
O prefeito esteve no prédio da instituição, no bairro Jardim da Viga, para participar de uma reunião que contou com representantes da associação, com membros da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e com o juiz da 2ª Vara Cívil da cidade, Wilson Kozlowski, que acompanha todo o processo, para discutir o futuro da unidade.
Lisboa explicou que a decisão da AACD é definitiva e que, para não deixar os pacientes desassistidos, a prefeitura assumirá o serviço, mantendo, inclusive as atividades no mesmo prédio. A entidade é a única em todo o Estado do Rio de Janeiro. Ela atende cerca de 300 crianças e adultos por mês, de várias localidades.
“Viemos pedir a permanência da AACD. Como não será possível, vamos assumir os serviços, garantindo o atendimento aos pacientes com qualidade. Assumiremos de forma direta via prefeitura ou vamos contratar uma instituição terceirizada com o mesmo perfil da associação. Seria um chamamento público. As empresas que se interessarem e nos trouxerem a melhor proposta estarão concorrendo, via licitação. E aí o município contrata”, explica o prefeito.
Durante a reunião, ficou acordado que, no período da transição, a AACD vai apresentar, via processo, inventário de bens para a prefeitura poder avaliar o investimento necessário que terá que fazer na unidade. “O momento de transição será para acertar as coisas que estão pendentes, mas isso não vai atrapalhar o tratamento dos pacientes. Temos profissionais da Saúde suficientes para dar continuidade ao tratamento médico. O que vamos precisar agora é contratar pessoal de limpeza e de segurança, por exemplo”, informa Lisboa.
Presidente da Comissão das Mães da AACD, Gil Alves, mãe da pequena Maria Shopia, de 4 anos, que tem hidrocefalia e má formação congênita na coluna, conta que quando soube do desligamento da entidade se sentiu abandonada. “Não só eu, mas todos os pacientes: crianças, adolescentes e adultos, que precisam do tratamento para terem uma vida digna. Vamos lutar até o fim para garantir a dignidade deles. Graças aos tratamentos, minha filha, que não falava, fala hoje pelos cotovelos”, revela Gil. “Não estaremos aqui para sempre. Nossos filhos terão que aprender a caminhar sozinhos, puxando suas próprias cadeiras de rodas. Acredito na boa vontade do prefeito. Vamos acreditar que tudo vai dar certo”, completa.