Cineasta de São João de Meriti emplaca seis filmes em festivais no Brasil e exterior
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O cineasta meritiense Alek Lean acabou de emplacar 6 filmes diferentes em diversos festivais no Brasil e no exterior apenas seis meses de 2019. Além do Brasil, os países são Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Eslováquia e República Dominicana. Os curtas abordam na sua maioria temas de relevância social como a negritude, ancestralidade, LGBTQ, padrões de beleza impostos, entre outros.
“CRUCIFICAÇÃO” se passa em uma era futura onde negros, mulheres e gays são oprimidos ao extremo por novas leis. Indicado na categoria masculina a melhor curta metragem internacional no 10º Festival de Santo Domingo Femujer 2019 na Rep. Dominicana, além de ter participado da mostra competitiva na Session Filmmaker Lift Off Global NetWork na Inglaterra.
“EU NÃO NASCI PRA SER DISCRETA” é um documentário onde quatro jovens de diferentes etnias relatam como as dificuldades de ser afeminado numa sociedade machista. Indicado a melhor curta metragem no Prêmio SESI de Cinema e TV – São Paulo e atualmente concorrendo no Festival Internacional de Cine Independiente de Elche na Espanha.
“LAR DOCE CELULAR” traz o vício pelo celular como tema central do filme. Com referências ao cinema mudo o filme é todo em preto e branco. Menção Honrosa no Festival Internacional Cine Curtas Lapa e atualmente na mostra não competitiva no Festival Azyl em Bratislava na Eslováquia.
“POR TRÁS DAS TINTAS” acabou de ser selecionado para o 12º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul. Este filme traz a visão da obra por uma mulher africana retratada num quadro pintado por um espanhol.
“SONHO DOS ERROS” e “TORMENTA” foram curtas selecionados este ano para festivais e mostras de cinema no Rio e Goiás.
Apesar de achar que fazer cinema independente no Brasil é uma luta constante, principalmente para os negros da Baixada e periferias, Alek não pensar em parar de produzir tão cedo. “Sim, fazer cinema é como uma luta de ringue mesmo e pra vencer você tem que treinar muito. No caso do audiovisual, você treina produzindo novos filmes a qualquer custo. A minha questão central quando idealizei a Experimental Filmes é com a resistência e representatividade das minorias e especial os negros, apesar de sua filmografia ter grande destaque em defesa da luta das mulheres, maioria em número, porém ainda com extrema desigualdades de direitos e reprimidas socialmente. Enquanto nós negros precisamos ver nossas histórias contadas nas telas a partir do nosso ponto de vista e ilustrados com os cenários que fazem parte da nossa identidade”, diz o cineasta.
“Considero o audiovisual em geral um arma para mostrar que negros talentosos existem sim e produzem tem suas histórias e são importantes culturalmente para nossa sociedade e seu desenvolvimento.Temos muitos cineastas em atividade na Baixada Fluminense que merecem destaque e buscam por seu espaço.” continua a refletir o cineasta.