Queimados adere à campanha ‘Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica’
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A luta contra a violência doméstica se tornou uma realidade no país e no mundo. Afinal, os casos de agressão à população feminina vêm alcançando índices cada vez mais preocupantes: de acordo com o último relatório do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP) – divulgado em junho deste ano -, os casos domésticos de crimes mais graves aumentaram 60,3% para violência física e 67,2% para violência sexual em todo estado do Rio. Para combater este mal, a Prefeitura de Queimados aderiu à campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica.
Criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com a Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), a iniciativa conta com o apoio de várias entidades e a adesão de grandes redes de farmácias do Rio de Janeiro, que mobilizam seus funcionários para identificar um sinal de ‘X’ nas palmas das mãos de eventuais vítimas durante o atendimento.
Após esta denúncia silenciosa, os funcionários de estabelecimentos que aderirem ao projeto, farão a identificação e a denúncia para dar todo o suporte necessário à mulher em situação de vulnerabilidade.
Através da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Promoção da Cidadania, a Coordenadoria Especial de Políticas para Mulheres – com o apoio do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) – Queimados promoverá visitas e treinamentos nas farmácias e drogarias da cidade com o objetivo de ampliar a rede e facilitar o acesso das mulheres ao pedido silencioso de socorro.
Neste caso, a campanha transforma os estabelecimentos em agentes na comunicação entre a mulher vítima de violência doméstica e a polícia. Esse processo ocorre de forma sigilosa e contribui para que as vítimas denunciem as violências sofridas sem precisar ir até uma delegacia.
Queimados na luta contra a violência doméstica
De acordo com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, as queixas por telefone aumentaram 17,9% nos dias seguintes ao início do isolamento social causado pelo novo coronavírus. De acordo com a secretária da SEMDEHPROC Fabiana Portes, os dados não refletem totalmente a realidade, mas sim a dificuldade da denúncia.
“Segundo o último relatório do ISP os casos apresentaram uma queda em relação ao ano de 2019, durante o isolamento social, porém a proporção de crimes mais graves aumentou. Grande parte do motivo para a diminuição dos casos é a falta de denúncia contra o agressor: o Datafolha aponta que de 27,4% das mulheres que sofrem qualquer tipo de agressão, mais de 50% não denuncia”, informou a gestora.
Para participar ativamente desta luta bem pelo bem-estar de suas cidadãs, Queimados conta com um Centro Especializado de Atendimento à Mulher, que atende mais de 150 moradoras do município e de cidades próximas mensalmente em casos de violência física, mental, moral, patrimonial e sexual.
O espaço, que oferece gratuitamente atendimentos psicológicos, jurídicos e de assistência social há seis anos, ganhará uma nova sede nesta sexta (7). O novo endereço fica localizado na Rua Ministro Odilon Braga, 26 – Centro. Vale ressaltar que, por conta da pandemia de Covid-19, o CEAM também tem realizado atendimento online através do e-mail ceamqueimados.rj@gmail.com ou pelo telefone 98568-8821.