CEDAE suspende o fornecimento de água para algumas regiões da Baixada Fluminense por dez horas
Publicado em:
Após uma série de reclamações sobre a qualidade da água fornecida pela CEDAE, a empresa decidiu paralisar a Estação de Tratamento do Guandu (ETA Guandu). A estação voltará a operar nesta manhã (22/01), quando a produção também será normalizada.
De acordo com a empresa, imóveis com sistema interno de reserva (cisterna e/ou caixa d’água) não devem sofrer desabastecimento. Em áreas de ponta do sistema (extremidade das redes) e em locais elevados o abastecimento pode levar até 48h para normalizar. Ainda de acordo com a Cedae, foi montado um esquema especial para atender hospitais e outros serviços essenciais com carros-pipa, caso haja necessidade.
A Cedae pede que clientes que possuam sistemas de reserva usem água de forma equilibrada e adiem tarefas não essenciais que exijam grande consumo de água.
Três fatores levam à proliferação de algas nos mananciais: água parada, presença de nutrientes e luz solar. O fenômeno ocorre com maior frequência no verão, exigindo medidas preventivas para manutenção da qualidade da água que sai das estações de tratamento. A Cedae informou que pesar das alterações desagradáveis de gosto e odor – caso seja confirmada a presença da geosmina/MIB, a substância não oferece risco à saúde.
A alteração na água foi detectada pela empresa no dia 19/01, durante um monitoramento de rotina onde técnicos detectaram alterações na água bruta, próxima à Estação de Tratamento de Água Guandu. O material foi coletado, enviado para exame laboratorial e, antes do resultado (previsto para sete dias), as medidas começaram a ser aplicadas.
Uma das medidas foi o uso de argila ionicamente modificada, responsável por reduzir o alimento para a proliferação das algas que liberam a geosmina/MIB. Também foi aumentada a dosagem de carvão ativado na estação. De acordo com a Cedae, os técnicos já relatam percepção de melhora na água produzida, o que brevemente também será percebido pelo consumidor.