Atendimento a mulheres vítimas de violência supera número de 2020 em seis meses

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Foto de Anete Lusina no Pexels

Nos seis primeiros meses de 2021, o número de atendimentos a mulheres vítimas de violência na rede de Centros de Atendimento à Mulher mantida pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do estado do Rio (SEDSODH) já supera em 17% os atendimentos realizados no ano passado.

Ao todo, entre janeiro e junho deste ano, a rede de atendimento à mulher realizou 5622 atendimentos. Em todo o ano de 2020, foram feitos 4795 atendimentos.

A rede de atendimento às mulheres vem sendo expandida nos últimos anos. Neste ano, 3 Centros de Atendimento foram inaugurados no estado, em Japeri, Três Rios e Miguel Pereira. A expansão da rede leva os serviços de assistência social, psicológica e assessoramento jurídico para vítimas também a regiões distantes da capital e antes menos assistidas.

A tendência de alta nos atendimentos é verificada pelo segundo ano seguido. Entre 2019 e 2020, a elevação de registros de atendimento já fora de 45%.

“Essa alta é preocupante e reflete um aumento que já verificamos no começo da pandemia de Covid-19, no ano passado”, afirma a subsecretária de Políticas para Mulheres do Estado, Glória Heloiza.  “Certamente, o agravamento da situação econômica das famílias e as necessárias medidas de restrição à circulação de pessoas agravaram o quadro de violência, tirando ainda mais liberdade das mulheres, que perderam renda e, muitas vezes, precisaram se manter no mesmo ambiente de seus agressores”, diz ela.

 

Centros de Atendimento são porta de entrada para rede de acolhimento às vítimas

Os Centros Integrados/Especializados de Atendimento à Mulher (CIAM/CEAM) são estruturas essenciais do programa de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher e funcionam como porta de entrada especializada para a rede de acolhimento às vítimas.

Atualmente há oito Centros de Atendimento à Mulher espalhados em todas as regiões do estado. As estruturas contam com equipes multidisciplinares capazes de oferecer atendimento psicológico, social e jurídico à mulher com o objetivo de promover a ruptura da situação de violência e viabilizar a construção da cidadania.

Os profissionais são responsáveis por elaborar um diagnóstico preliminar da situação concreta de violência e, quando necessário, encaminhar a vítima à rede de saúde ou delegacia.

O atendimento nos Centros é garantido sem a necessidade de passar primeiro por uma delegacia ou contar com uma medida protetiva contra o agressor.

 

Pioneiro, CIAM Márcia Lyra realizou mais de 20 mil atendimentos em duas décadas

Pioneiro no atendimento às mulheres vítimas da violência, o primeiro Centro Integrado de Atendimento à Mulher, CIAM Márcia Lyra, completa 20 anos com a marca de 20.704 atendimentos realizados a mulheres vítimas de violência.

Localizado no Centro do Rio, o espaço é uma referência no estado e serviu como modelo para a expansão do programa de atendimento às mulheres da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do estado.

Apenas em 2020, o Márcia Lyra atendeu a 1.289 casos de mulheres vítimas de violência.

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