Nova Iguaçu lança projeto de acolhimento a vítimas de violência e seus familiares

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A Prefeitura de Nova Iguaçu lançou, nesta sexta-feira (10), o Núcleo de Atendimento Municipal a Vítimas de Violência de Estado e seus Familiares (NAMVIF). O projeto, pioneiro na Baixada Fluminense, está vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social e foi apresentado durante um seminário, na Casa de Cultura Teatro Sylvio Monteiro, em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos.

As pessoas que sofrem com as consequências de qualquer tipo de violência, seja ela física ou psicológica, podem buscar atendimento em uma das dez unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou nos quatro Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

“As vítimas de violência serão atendidas no núcleo e terão acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais. Temos grupos de reflexão e de apoio, além de um local, na Rua Terezinha Pinto, para encontros, debates e troca de experiências. Hoje essas mulheres têm voz, um espaço para serem atendidas, ouvidas, chorarem juntas e contarem suas experiências. Discutir a garantia dos direitos humanos é ter uma sociedade mais justa”, afirmou a secretária de Assistência Social de Nova Iguaçu, Elaine Medeiros.

Em parceria com a Universidade Federal Rural de Nova Iguaçu, os funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social foram capacitados em cursos de qualificação para atender as vítimas de violência. O Fórum Grita Baixada Fluminense e a Rede de Mães em Ação participaram do seminário.

Durante o lançamento do Núcleo, as 29 vítimas da chacina da em Nova Iguaçu e Queimados, em março de 2005, foram homenageadas pelos participantes do evento.

Integrante da Rede de Mães e Familiares de Vítimas de Violência da Baixada Fluminense, Luciene Silva, que perdeu o filho Rafael Couto, de 17 anos, na chacina, frisou que Nova Iguaçu deu o primeiro passo no apoio a estas pessoas.

“Aqui estamos nos sentindo reconhecidas, pois nossa luta e dores enfrentadas por tantos anos estão sendo vistas. É uma conquista da Rede de Mães, que foi forjada pela luta, dor e tristeza de muitas famílias. Quantas perdas a Baixada já teve nessas décadas de violência? Mas é importante que outras cidades tenham esse núcleo”, comentou ela.

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