Campanha é criada para ajudar casal assaltado após própria festa de casamento

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O poeta português Luís de Camões escreveu que “amor é fogo que arde sem se ver”. Já a gíria brasileira pode dizer diante de uma situação complicada que “é fogo”. Do amor ao trauma, um vestido de noiva e um par de alianças recém-trocadas em emocionante cerimônia foram roubadas em assalto à mão armada. O “Enfim casados!” de Beatriz Platenik e Silas Junior se transformou em “infelizmente assaltados”. Padrinhos, madrinhas, familiares e amigos criaram uma campanha para ajudar o casal a diminuir os prejuízos e encarar de frente o trauma.

A festa de casamento com troca de alianças, mais de 100 convidados, DJ e grupo de percussão aconteceu na noite de domingo (15), em um salão de Santa Cruz da Serra, bairro de Duque de Caxias. Por volta de 1 hora da madrugada de domingo para segunda (16), os dois carros que retornavam com os noivos e familiares para Belford Roxo foram interceptados no Pilar por bandidos armados com fuzis. Felizmente a ação não deixou feridos. Além das dores do trauma após a euforia da realização do sonho tão planejado do casal, o prejuízo financeiro também foi grande. No assalto foram levados os dois carros, celulares, documentos, cartões, perfumes, presentes recebidos, as alianças e o vestido da noiva.

O casamento foi planejado e foi sendo pago com muito suor por mais de um ano. Realizada em um salão em Santa Cruz da Serra, bairro de Duque de Caxias, a festa emocionante contou com cerca de 150 convidados, animação de DJ e grupo de percussão celebrando a união. Após a festa, na madrugada de domingo (15) para segunda (16), o casal foi assaltado à mão armada no retorno para a casa após a festa de casamento. O ocorrido foi no Pilar, bairro de Belford Roxo, cidade onde o casal vive.

A noiva, Beatriz Platenik, publicou um vídeo nas redes sociais para tranquilizar familiares e amigos.

“Foi desesperador. Levaram tudo: vestido de noiva, tênis, ternos, telefones, tudo da festa. A gente tava no carro de trás: eu, Silas e meu irmão. A primeira reação que tive foi abraçar minha família e falar que a gente tava vivo.”

Além do vestido da noiva que era alugado em uma loja da região e das alianças trocadas, os ternos também eram alugados e o casal não sabe como resolver a situação.

“É difícil de acreditar que um dia tão bonito que foi do jeito que a gente sonhou terminar dessa forma. Mas é isso. Poderia ter sido muito pior. Mas estamos aqui. A gente corre atrás como corremos antes.”

Como pessoas periféricas que estão na batalha do dia a dia, a lua de mel também foi planejada com bastante antecedência. A viagem para Tocantins, programada para o dia 17, quase não foi realizada pela condição emocional do casal. Como o cancelamento ou adiamento causaria um prejuízo ainda maior por conta das regras das companhias aéreas, hospedagem e agências de turismo receptivo, Beatriz e Silas viajaram para tentar de alguma forma viver o sonho do casamento.

Com todo o trauma e o grande prejuízo, padrinhos, madrinhas, amigos e familiares criaram uma campanha para arrecadação de valores para o casal. Ainda há muito a ser resolvido, principalmente em relação aos carros e às roupas alugadas que as lojas não deixam de cobrar a devolução.

Luís de Camões pode ter escrito que o amor é dor que desatina sem doer. Mas é recomeço, esperança, vida como um “cuidar que se ganha sem se perder”. A campanha de doação busca alcançar o valor de 30 mil reais. No entanto qualquer auxílio é bem-vindo ao casal que acaba de se tornar marido e mulher e só quer ter o direito de ser feliz.

Serviço:

Vakinha: https://www.vakinha.com.br/5085786

Beatriz Platenik e Silas Junior.

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