Moradores da Baixada Fluminense enfrentam aumento na conta de água: reajustes chegam a 14,28%
O reajuste, acima da inflação, já está em vigor e afeta milhões de famílias.
Desde o início de dezembro, os moradores da Baixada Fluminense estão pagando mais caro pelas tarifas de água e esgoto. O reajuste foi autorizado pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa) e oficializado na última sexta-feira (13/12) com a publicação no Diário Oficial. Os novos valores, que variam entre 9,83% e 14,28%, já estão sendo aplicados pelas concessionárias responsáveis pelo abastecimento em diferentes municípios do estado.
Reajustes superiores à inflação
Os percentuais de aumento variaram de acordo com cada concessionária:
- Águas do Rio I: 9,83% (menor índice).
- Iguá Rio: 11,49%.
- Águas do Rio IV: 12,77%.
- Rio+Saneamento: 14,28% (maior índice).
O aumento chamou atenção por ser mais do que o dobro da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 4,87% nos últimos 12 meses.
Impacto na Baixada Fluminense
A Águas do Rio IV, que atende oito municípios da Baixada Fluminense, aplicará o reajuste de 12,77%. Os municípios impactados são:
- Belford Roxo
- Duque de Caxias
- Japeri
- Mesquita
- Nilópolis
- Nova Iguaçu
- Queimados
- São João de Meriti
Com uma população estimada em 6,7 milhões de pessoas, esses municípios concentram grande parte dos usuários do sistema de abastecimento da Baixada Fluminense.
Além disso, a Rio+Saneamento, responsável pelo abastecimento em Seropédica e Itaguaí, também terá aumento significativo de 14,28%, o maior entre as concessionárias.
Contexto e justificativa
Os reajustes anuais são previstos nos contratos de concessão das empresas e geralmente acompanham indicadores econômicos e os custos operacionais das concessionárias. No entanto, o aumento acima da inflação levanta preocupações sobre o impacto no orçamento das famílias, especialmente em regiões como a Baixada Fluminense, onde muitas famílias enfrentam dificuldades financeiras.
De acordo com especialistas, os valores ajustados refletem também investimentos necessários para a manutenção e ampliação dos serviços. Apesar disso, os consumidores reclamam da qualidade do abastecimento e do tratamento de esgoto em muitas áreas.
Como ficam os moradores?
Para muitas famílias da Baixada, o aumento traz novos desafios financeiros. Com orçamento apertado, o reajuste pode significar cortes em outras áreas do consumo familiar, além de aumentar as expectativas por melhorias nos serviços prestados.
Dicas para economizar água e reduzir impactos no orçamento
Enquanto as tarifas mais altas se tornam realidade, economizar água é essencial para minimizar os gastos:
- Conserte vazamentos: Torneiras pingando e canos danificados podem elevar sua conta.
- Reutilize água: A água usada na lavagem de roupas pode ser reaproveitada para limpar quintais.
- Banhos mais curtos: Reduzir o tempo no chuveiro economiza água e energia.
- Utilize baldes: Prefira baldes ao invés de mangueiras para lavar carros ou áreas externas.
Conclusão
O aumento das tarifas de água e esgoto chega como mais um desafio para as famílias da Baixada Fluminense, já sobrecarregadas por custos elevados. Apesar das justificativas para os reajustes, muitos moradores esperam que a alta nos valores seja acompanhada por melhorias no abastecimento e no tratamento de esgoto. Enquanto isso, buscar formas de economizar no dia a dia pode ser uma alternativa para lidar com os impactos no orçamento familiar.