Tarifa de trem custará R$ 5,90 a partir de 1º de julho

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Estação Nova Iguaçu da Supervia. Foto: Raphael Guimarães (fotografiacomph) / Site da Baixada

O reajuste tarifário – originalmente previsto para 02 de fevereiro, de acordo com o Contrato de Concessão, tendo como base a variação do IGP-M publicado pela Fundação Getúlio Vargas – foi realizado com desconto temporário de noventa centavos após semanas de negociação com o Governo do Estado e formalização em aditivo ao Contrato de Concessão. O acordo previa, ainda, que até 31/05/2021 fossem definidos os meios para viabilizar o reequilíbrio econômico-financeiro da concessão do transporte ferroviário de passageiros por conta desta frustração de receita, o que  deacordo com a Supervia “lamentavelmente não ocorreu”. Por isso, a empresa afirma que está autorizada a cobrar o valor integral homologado pela Agência Reguladora (AGETRANSP). Os clientes estão sendo informados sobre a nova tarifa por meio dos canais de comunicação da Concessionária.

De acordo com a Supervia, “a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus expôs o alto custo operacional e de manutenção do sistema ferroviário de passageiros fluminense, e a expectativa era que o Poder Concedente conseguisse contribuir de forma a conter impactos à população, tal como determinado pela AGETRANSP”.

A concessionária afirma ainda que deixou “de transportar 102.243.392 de passageiros, desde o dia 14/03/2020, quando foram iniciadas as medidas de contenção à COVID-19 no Rio de Janeiro. Antes da pandemia, registrávamos uma média de 600 mil passageiros diários, mas o número de embarques atualmente caiu pela metade e somam cerca de 300 mil passageiros nos dias úteis. A queda de demanda já chegou a 70% e hoje se estabilizou em 50%. A perda financeira é de mais de R$ R$ 472 milhões”.

A Supervia alega que além dos custos de manutenção dos trens, das estações e da estrutura ferroviária, acumula ainda custos “que se elevam cada vez mais diante dos repetidos furtos de materiais da via e demais questões de segurança pública que nos afetam constantemente. Além disso, temos atendido a todos os requisitos de higienização e operação e mantendo o serviço de todos os ramais”.

A expectativa da empresa é que somente em 2023 o fluxo de passageiros volte ao normal – mas não informa a respeito de possíveis reduções nas tarifas.

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