Campanha Maio Laranja leva conscientização sobre abuso infantil às ruas de São João de Meriti

Ação realizada no centro da cidade mobilizou população para alertar sobre a importância de prevenir, combater e denunciar abusos contra crianças e adolescentes

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#Ação Social #Maio Laranja

Moradores receberam material explicativo e adesivos da Campanha Maio Laranja. Foto: Gilberto Rocha.

A quinta-feira (5) começou com uma mensagem importante no centro de São João de Meriti: proteger as crianças e adolescentes é um dever coletivo. Em apoio à campanha Maio Laranja, a Secretaria de Assistência Social do município promoveu uma mobilização para alertar sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantil. A ação buscou levar o tema para o cotidiano das pessoas, sensibilizando motoristas e pedestres com faixas e panfletos distribuídos nos semáforos.

A reportagem a seguir mostra como a mobilização foi recebida pela população, explica o significado da campanha Maio Laranja e destaca o papel das iniciativas de conscientização para enfrentar essa grave violação de direitos.

Conscientização nas ruas de Meriti

A atividade foi conduzida pela equipe da Assistência Social de São João de Meriti, que distribuiu folhetos informativos e exibiu faixas em pontos movimentados da cidade. O objetivo era claro: ampliar o alcance da campanha e promover a conscientização sobre a importância da prevenção e do enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Coordenadora da campanha no município, Márcia Paiva explicou por que a ação precisa acontecer nas ruas. “Essa é uma temática extremamente importante, pois infelizmente ainda faz parte da realidade do nosso país. Trouxemos a campanha para as ruas com o objetivo de informar, conscientizar a população. Estamos aqui justamente para chamar a atenção sobre a importância de prevenir, combater e denunciar essa prática terrível”, afirmou.

O que é o Maio Laranja?

O mês de maio é dedicado ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes em todo o Brasil. A escolha do período tem origem em um crime que chocou o país: o assassinato da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, de apenas oito anos, ocorrido em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). Araceli foi sequestrada, drogada, violentada e assassinada. Mesmo com grande comoção pública, o caso permanece impune até hoje.

Por conta desse episódio, o dia 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, através da Lei Federal nº 9.970/2000. Desde então, a data passou a ser símbolo de mobilização nacional com a campanha “Faça Bonito – Proteja nossas crianças e adolescentes”, que convida a sociedade a se envolver ativamente na defesa dos direitos da infância e adolescência.

População apoia a iniciativa

Moradores de São João de Meriti que passaram pela mobilização aprovaram a campanha e destacaram a importância de falar abertamente sobre o tema. A manicure Beatriz da Silva Querino ressaltou a necessidade de diálogo dentro das famílias: “Essa campanha é muito importante, ainda mais agora, com tantas coisas acontecendo. O principal é manter o diálogo com as crianças, porque muitas vezes isso acontece dentro da própria família e não percebemos. Ver essa ação nas ruas me tranquiliza, porque muita gente acaba ignorando esse tema no dia a dia”.

A doméstica Marlene de Souza Theodoro também fez questão de demonstrar apoio. “Sou totalmente a favor dessas campanhas. Temos que proteger nossas crianças. Sempre vejo casos de abuso na televisão e isso me revolta. Precisamos denunciar”, declarou.

Dicas finais: como ajudar e denunciar

A participação da sociedade é essencial no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. Em caso de suspeita ou confirmação de abuso, a denúncia pode ser feita de forma anônima pelo Disque 100, serviço nacional e gratuito de proteção aos direitos humanos.

Outros canais incluem o Conselho Tutelar de São João de Meriti, a Polícia Civil (delegacias especializadas) e o Ministério Público. É fundamental não se calar: garantir a segurança das crianças começa com o compromisso coletivo de ouvir, acolher e denunciar.

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