Duque de Caxias vai receber centro de manutenção de trens com tecnologia chinesa

Memorando assinado na China marca início de parceria entre o Governo do Estado do Rio e a gigante CRRC, com promessa de modernizar o sistema ferroviário fluminense e gerar empregos na Baixada

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Durante visita oficial à China nesta sexta-feira (18), o governador Cláudio Castro assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a empresa CRRC, a maior fornecedora mundial de equipamentos de transporte ferroviário. O acordo prevê a implantação de um centro de manutenção de trens no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, além de projetos de modernização no sistema ferroviário do estado.

A iniciativa é mais um passo do Governo do Estado em busca da reestruturação da mobilidade urbana no Rio de Janeiro, com foco na melhoria da qualidade do transporte público e na atração de investimentos internacionais para o território fluminense. De acordo com o governador, o projeto também inclui um estudo para a compra de novas composições ferroviárias.

Caxias no mapa da indústria ferroviária

Com a instalação do centro de manutenção em Duque de Caxias, o município se insere de forma estratégica na cadeia produtiva do setor ferroviário nacional. A escolha da cidade sinaliza uma valorização da Baixada Fluminense como polo de inovação, trabalho técnico e infraestrutura logística.

Segundo Cláudio Castro, a parceria representa mais do que um investimento em transporte: “A parceria com a CRRC reflete o nosso compromisso com o futuro da mobilidade no Rio de Janeiro. Poder contar com a expertise e as tecnologias inovadoras da empresa garante que o nosso sistema de mobilidade continue a evoluir, oferecendo soluções mais rápidas, seguras e eficientes para a nossa população.”

Novos trens e sinalização modernizada

Nos próximos meses, a CRRC realizará um levantamento técnico sobre o sistema ferroviário do estado. O estudo incluirá desde a avaliação da necessidade de novas composições até propostas para modernização da sinalização das estações, em um esforço para oferecer mais agilidade e segurança aos passageiros.

Hoje, a CRRC já tem participação ativa no sistema fluminense, sendo responsável pela fabricação dos 134 trens em operação na SuperVia (100) e no MetrôRio (34), além de atuar na manutenção, testes e comissionamento dessas composições.

Linha 3 do Metrô em pauta

Durante a visita, também foi lembrada a manifestação de interesse da CRRC, feita em 2023, para realizar estudos sobre a Linha 3 do Metrô, que ligaria São Gonçalo à Praça XV, passando pela Baía de Guanabara. A proposta da empresa inclui o uso do modelo DLS (Design, Leasing e Service), que abrange desde o desenvolvimento do projeto até a operação do sistema, com suporte tecnológico.

A nova licitação para a construção da linha está prevista para este ano, com projeção de 36 km de extensão e entre 15 a 18 estações. Caso avance, será um marco para a mobilidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, beneficiando diretamente milhões de moradores de cidades como Niterói e São Gonçalo.

Visita ao metrô de Pequim

Ainda nesta sexta-feira, Castro e a comitiva fluminense visitaram o centro de operações do metrô de Pequim, considerado um dos mais modernos e movimentados do planeta. O sistema integra tecnologias de reconhecimento facial, sensores para detecção de metais e explosivos, além de uma malha com dezenas de linhas interligadas.

O sistema de metrô de Pequim é um exemplo global de eficiência e inovação. Nosso objetivo é aprender com as melhores práticas e trazer soluções que possam melhorar a qualidade do transporte público em nosso estado”, destacou o governador.

Impactos esperados na Baixada Fluminense

A chegada de um centro de manutenção de trens em Duque de Caxias é vista com otimismo por especialistas e moradores da região. Além de gerar empregos diretos e indiretos, o empreendimento pode atrair investimentos para áreas adjacentes, fortalecer a qualificação profissional local e estimular o desenvolvimento urbano da Baixada Fluminense, que historicamente enfrenta desafios em infraestrutura.

A transferência de tecnologia, prevista no acordo com a CRRC, também poderá beneficiar instituições técnicas e escolas do entorno, criando oportunidades para formação de mão de obra especializada em um setor de alta complexidade.

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