Alunos de colégios estaduais de Nova Iguaçu disputam torneio nacional de robótica

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Alunos de colégios estaduais de Nova Iguaçu disputam torneio nacional de robótica

Robôs que lutam, fazem percursos diferenciados e até disputam cabo de guerra. O que parece ficção, na verdade, é muito real e vem atraindo a atenção de cada vez mais pessoas, tanto que, até o dia 25 de novembro, está sendo disputada, em Juazeiro do Norte, no Ceará, a final nacional do Fira Brasil, um dos campeonatos de robótica mais importantes do país. O Rio de Janeiro tem, dentre os representantes na disputa, equipes de duas escolas estaduais: os colégios Bernardino Mello Junior e Maria Justiniano Fernandes, ambos de Nova Iguaçu.

– As escolas vivem momentos de transformação, e, com isso, temos alunos mais exigentes e ligados à tecnologia. Não se pode parar no tempo e ficar preso às metodologias de ensino que não atendem às expectativas dos estudantes. Muitas instituições educacionais têm feito o uso da robótica para trabalhar o ensino de várias disciplinas, com o objetivo de atrair os alunos de uma maneira dinâmica e divertida – conta Guilherme Machado, diretor do Colégio Estadual Bernardino Mello Junior, que conta com duas equipes de robótica: a Spartan Team e a Spartan Team Jr.

As aulas incentivam o trabalho em equipe, a cooperação, o planejamento, a pesquisa e a tomada de decisões, além de promover o diálogo e o respeito a diferentes opiniões. Também trabalham a interdisciplinaridade, com conceitos de diversas áreas, como linguagem, matemática, física, eletricidade, eletrônica, mecânica, arquitetura, ciências, história, geografia e artes.

– A robótica sempre foi algo que me interessou. Fui com o propósito de aprender algo que não conhecia e acabei encontrando uma família – diz Isis Sales, de 16 anos, aluna da 2ª série do Ensino Médio do Bernardino e capitã do Spartan Team.

A robótica educacional desenvolve a criatividade dos alunos, o raciocínio e a lógica na construção de maquetes e de programas, e o trabalho desenvolvido na escola está colhendo frutos para o surgimento de novos programadores e desenvolvedores, mas agora, no Ceará, a disputa é outra. Adriana Igrejas, diretora do Colégio Maria Justiniano Fernandes, é só alegria ao comentar esse excelente momento de seus alunos.

– A Rex Team (equipe formada pelos estudantes da escola) nos enche de orgulho e agora vamos ter a chance de mostrar nosso trabalho para todo o país – comemora a emocionada diretora.

O Spartan Team superou todos os adversários e foi o grande vencedor na categoria Sumô. Já o Rex Team disputa a categoria Missão Impossível. Um excelente resultado para a escola, que está implantando este ensino em suas turmas.

– As pessoas pensam que a robótica é apenas ter um robô na mesa e colocar para rodar. Porém, é muito mais do que isso. Para esta construção, são necessárias várias técnicas e noções de disciplinas, como Matemática, Física e até Português, pois é preciso apresentar um artigo científico para participar dos torneios. A educação se modernizou, como tudo, e a era do professor de quadro e giz ficou pra trás – afirma Gabriel Miranda, professor de robótica, que trabalha nas escolas de Nova Iguaçu.

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