São João de Meriti recebe “A Saga de Dandara e Bizum a Caminho de Wakanda”

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O espetáculo afrofuturista “A Saga de Dandara e Bizum a Caminho de Wakanda”, chega a São João de Meriti. A peça infantojuvenil traz diversas referências históricas da cultura negra, entre o ancestral e o futurista. Uma montagem inédita, que narra a história de duas crianças que vivem em uma periferia do Rio de Janeiro no ano de 2080, um quilombo chamado Palmares e decidem partir numa viagem sem volta com a missão de salvar o mundo de todos os males e fazer o sol voltar a brilhar. Entre muitos desafios, reviravoltas e aventuras elas precisam encontrar o caminho até Wakanda.

A apresentação acontece no Sesc São João de Meriti (03 de novembro – DOM / 16h) –  10 Reais inteira, 5 reais meia e gratuito habilitado Sesc PCG e menores de 12 anos.

Poesias da escritora Conceição Evaristo compõem a saga que tem uma estética afrofuturista e aborda diversos temas como: respeito ao próximo, igualdade de gênero, racismo estrutural, tolerância religiosa, colonização cultural, representatividade, ancestralidade, entre outros.

A peça conta com a direção e texto de André Lemos,o primeiro artista negro a ganhar o prêmio Shell de Teatro na categoria Direção em 2019, Lázaro Ramos como produtor associado, direção de produção de Simone Braz.  No elenco Reinaldo Junior, Juliane Cruz, Tati Villela, Tarso Gentil e Wayne Marinho. A orientação musical é de Fábio Mukanya, a direção musical de Maria Clara Coelho, as músicas são da Confraria do Impossível, Maria Clara Coelho e Domínio Público, a direção de movimento de Reinaldo Junior, a orientação das danças do oeste africano é de Sabrina Chaves, os figurinos de Reinaldo Junior e Rona Neves, os adereços de Rona Neves e Tarso Gentil, o cenário de Tarso Gentil, a confecção de bonecos de Era uma vez o mundo, a luz de Rommel Equer e Maurício Fuzyama.

O espetáculo tem como uma das principais missões socioeducativas reforçar referências da história do povo negro que é constantemente apagada, dando um olhar representativo principalmente para crianças e jovens.

“A gente vive um momento de retrocesso cultural e social. Esse espetáculo vem como uma potência de um trabalho de base para as nossas crianças e jovens, trazendo possibilidades de novas referências, de contar a história por novos pontos de vista”, conta André Lemos.

A idealização é do coletivo artístico “Confraria do Impossível”, que entra em um universo infantil pouco explorado e fundamental para um futuro de médio a longo prazo, trazendo um trabalho inovador, crítico e educativo para que as crianças e jovens possam se sentir cada vez mais representados e os ajude a se tornarem adultos mais conscientes.

“Desde sempre a gente é obrigado a consumir criações que não nos representam. A tipificação de heróis brancos, a demonização e a intolerância com a cultura preta e espiritualidade. Esse trabalho vem com objetivo de tentar destruir um pensamento colonialista que é imposto na nossa cultura desde sempre. A gente traz referência da cultura ancestral, como os orixás, o que eles realmente representam, a Cultura Negra Pop, como Pantera Negra, Wakanda e entre outros”, destaca o Diretor.

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