Enem para Pessoas Privadas de Liberdade é aplicado no Sistema Socioeducativo do Rio de Janeiro

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Enem para Pessoas Privadas de Liberdade é aplicado no Sistema Socioeducativo do Rio de Janeiro

Nesta terça e quarta-feira (23 e 24/2), as unidades do Degase recebem a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Referente ao certame de 2020, o edital diferenciado para Pessoas em Privação de Liberdade (PPL) permite que os socioeducandos do estado do Rio de Janeiro disputem uma vaga nas instituições de Ensino Superior.

De acordo com a Divisão de Pedagogia (Diped) do Degase, 195 jovens em todo sistema socioeducativo fluminense prestarão o exame. O número representa um aumento de 9,5% em relação a quantidade de inscritos no último exame (178 inscritos).

Para esta edição foi utilizada a política pedagógica similar a do ano anterior: a equipe técnica da Diped avaliou e selecionou jovens que estivessem aptos a fazer o exame. Após essa triagem, os técnicos promoveram atividades de sensibilização para motivar a participação dos jovens e assim despertar o interesse pela prova.

De acordo com Luanna Vidal, diretora da Diped, essa política visa estimular a adesão ao exame e poupar o adolescente que não se sente preparado de encarar mais uma barreira em sua vida já cercada de vulnerabilidade:

– É importante estimular e incentivar os adolescentes a conhecer e participar de exames como o Enem PPL, sem que isso seja imposto – explicou Luana. Esse aspecto psicológico é muito importante e foi considerado no processo socioeducativo – disse a pedagoga.

Além dos jovens que já estão em ano de conclusão do Ensino Médio, foi oportunizado também, aos adolescentes fora desse período, a possibilidade de participarem como “treineiro” – termo utilizado para candidatos terem os primeiros contatos com um processo seletivo público e adquirirem experiência com o processo de vestibular.

Dessa forma, o candidato faz uma autoavaliação com o resultado, observando as matérias que precisam ser reforçadas, o tempo necessário para desenvolver uma redação ou para chegar ao local de prova e não ser um “atrasado do Enem”.

Para o diretor-geral do Degase, Márcio Rocha, o Enem PPL é a primeira oportunidade dos socioeducandos de experimentar a dinâmica de participação em um processo seletivo acadêmico.

– Embora a participação seja gratuita e voluntária, para estimular essa experiência todos os adolescentes, que estejam cumprindo medidas socioeducativas de privação ou restrição de liberdade no Degase e cursando o ensino médio, são motivados a se inscrever para realização do exame. Estamos na torcida para que o bom desempenho desses jovens abra uma oportunidade futura no universo acadêmico – conclui o diretor Márcio Rocha.

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