FEBF promove seminário sobre memória coletiva e direitos humanos nas periferias urbanas
Evento gratuito em Duque de Caxias vai reunir educadores, lideranças comunitárias e artistas para valorizar a resistência e a potência dos territórios periféricos

A Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ), em Duque de Caxias, realiza na próxima segunda-feira (29 de abril), às 14h, o seminário “Memória coletiva como forma de resistência e luta pelo reconhecimento dos direitos humanos nas periferias urbanas”. O evento, que acontecerá no pátio da instituição, é aberto ao público e busca estimular a valorização das experiências e narrativas construídas nos territórios periféricos do Brasil, especialmente na Baixada Fluminense.
A proposta é reunir pesquisadoras, educadores, lideranças comunitárias e artistas para discutir como a memória coletiva atua como ferramenta de resistência diante dos discursos que historicamente associam as periferias à precariedade e à criminalidade. A atividade pretende fortalecer o reconhecimento das formas legítimas de organização social e cultural existentes nesses territórios.
Reflexão e escuta como formas de resistência
Com uma programação dividida em duas mesas temáticas e apresentações culturais ao final, o seminário vai explorar diferentes dimensões da luta por direitos humanos a partir da memória e da educação. A abertura do evento será feita pela Professora Dra. Neiva Vieira da Cunha, uma das organizadoras da atividade.
Na primeira mesa, com início às 14h30, o foco será nas experiências educacionais construídas nas periferias. Entre os destaques, estão os relatos de Nathalia Knopp Ferreira, que aborda a escolarização feminina e seu impacto na vida de mulheres periféricas, e Luciana Andrade, que compartilha a construção coletiva do Colégio Estadual Barão de Mauá. Já Margarete Coelho de Souza trará a história da Centenária Creche Escola Municipal Doutor Álvaro Alberto, enquanto Roberto do Rego Monteiro apresentará as “Narrativas do Salsa”, voltadas à reconstrução da memória coletiva na Maré.
A segunda mesa, com início às 16h, trará à tona experiências de vida e expressões culturais nas periferias. Estão confirmadas falas como a de Patrick Araújo, sobre organizações comunitárias em Senador Camará; Letícia de Lisboa Gulart, que analisa a produção cultural em Duque de Caxias; e Vanielle Sena, que compartilha a experiência do movimento 100% Parque de Realengo Verde. Também participam Juliana Portella, que fala sobre o Laboratório de Narrativas Negras e Indígenas da FLUP (LANANI), e Thiago Kuerques, que vai abordar como o cinema vem sendo usado para reconstruir identidades periféricas na Baixada Fluminense.
Inscrições gratuitas e abertas
Segundo os organizadores, o seminário é também um espaço de escuta e valorização das potências locais. “A memória coletiva é um instrumento político e pedagógico que nos permite recontar nossas histórias de outro lugar, enfrentando o silenciamento e reivindicando a centralidade das periferias nos debates sobre direitos humanos”, afirma um dos integrantes da equipe organizadora.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link: https://forms.gle/ZgKEtkphT77EAgCW9.
O seminário faz parte das ações de extensão da FEBF e reforça o papel da universidade pública como parceira dos movimentos sociais, fortalecendo a produção de conhecimento a partir dos territórios periféricos.
Programação
14h – Abertura
Prof.ª Dra. Neiva Vieira da Cunha
14h30 – Mesa 1: Experiência educacional nas regiões periféricas
- Nathalia Knopp Ferreira – Escolarização feminina: como a educação tem impactado na vida de mulheres periféricas?
- Luciana Andrade – Memória da construção coletiva do Colégio Estadual Barão de Mauá (CEBM)
- Margarete Coelho de Souza – A Centenária Creche Escola Municipal Doutor Álvaro Alberto: Uma Escola Teimosa, de Resistência e Amor à Educação
- Roberto do Rego Monteiro – Narrativas do Salsa: Reconstrução de memória coletiva na Maré
16h – Mesa 2: Experiências de vida e formas de expressão cultural nas periferias
- Patrick Araujo – Organizações comunitárias em Senador Camará: Resistência, Educação e Memória Coletiva
- Letícia de Lisboa Gulart – Dias de Sol sem Dó: reciprocidade e antagonismo na produção cultural em Duque de Caxias
- Vanielle Sena – 100% Parque de Realengo Verde: interseção entre movimento social, memória coletiva e educação
- Juliana Portella – (Re)construindo Memórias: LANANI – Laboratório de Narrativas Negras e Indígenas da FLUP
- Thiago Kuerques – Identidades periféricas contemporâneas: memória e territorialidade através do cinema na Baixada
Dicas Finais
Para quem mora em Duque de Caxias ou em outras cidades da Baixada Fluminense e tem interesse em temas como educação, cultura periférica, identidade e direitos humanos, o seminário da FEBF é uma excelente oportunidade para conhecer projetos e iniciativas que atuam diretamente em comunidades da região metropolitana do Rio. Além de ouvir relatos inspiradores, o público também poderá trocar experiências e participar de uma roda de cultura ao final do encontro.
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