Delegacias da Baixada Fluminense passam a ser responsáveis pelo transporte de detentos da região até Benfica

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A partir de hoje (12/12), as 19 delegacias da Baixada Fluminense serão responsáveis pelo transporte diário de presos da região até a Central de Audiência de Custódia, em Benfica. Até ontem, a tarefa era realizada pela Polinter, que agora só realizará o deslocamento dos detentos da capital. A mudança foi informada pelo comandante Sérgio Caldas, diretor do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB), durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo Caldas, a Polinter só tem duas viaturas operando no momento, o que motivou a mudança. No entanto, o comandante ressaltou que a decisão pode atrapalhar o trabalho dos policiais da Baixada: “São cerca de 30 detentos a serem transportados por dia. Não temos pessoal nem carros suficientes. Há delegacias, por exemplo, que só contam com um veículo para realizar o patrulhamento de suas áreas.”

Em 2014, a Polinter assumiu a tarefa de transportar os presos até as audiências de custódia, sessões onde se decide sobre a manutenção ou não da prisão, realizadas em Benfica, na capital. Na época, 18 policiais e quatro viaturas da Baixada Fluminense foram remanejados para a Polinter, de acordo com Caldas, mas o efetivo ainda não retornou para a região.

Patrulhamento

Além da questão do transporte dos presos, o coronel Sérgio Shalioni, do 3º Comando de Policiamento de Área (CPA), responsável pelos batalhões da Baixada Fluminense, informou que a região conta com apenas um helicóptero para o patrulhamento de seus 12 municípios. “A construção de um hangar permitiria que tivéssemos duas aeronaves. A Baixada é grande demais para ser patrulhada por apenas um helicóptero”, afirmou.

A presidente da comissão, deputada Martha Rocha (PDT), afirmou que o grupo irá estudar a proposta e que cobrará do Comando-Geral da Polícia Militar o remanejamento de policiais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) da capital para a Baixada, promessa feita há cerca de três meses. “O comandante-geral nos disse que esses agentes sairiam das UPPs para aumentar o efetivo em toda a Região Metropolitana, incluindo a Baixada Fluminense. No entanto, fomos informados que eles estariam atuando na Rocinha, que já conta com 500 policiais. Queremos saber quando a Baixada vai receber o reforço prometido”, declarou.

Também participaram da audiência os deputados estaduais Flávio Bolsonaro (PSC), Geraldo Moreira (PTN) e Zito (PP), o subsecretário executivo de Segurança Pública de Duque de Caxias, Marcelino dos Santos, e Osmar Paiva, do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Duque de Caixas, além de delegados e representantes de Batalhões da Polícia Militar da Baixada Fluminense.

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