Secretaria de Meio Ambiente de Nova Iguaçu faz vistoria técnica no Rio Guandu
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A Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Turismo de Nova Iguaçu (SEMADETUR) fez uma vistoria técnica na APA (Área de Proteção Ambiental Guandu Açu), na última quarta-feira (17). O relatório da vistoria será apresentado na reunião com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, no próximo dia 22, que também terá a participação das cidades de Queimados, Seropédica e Japeri.
Utilizando o barco motorizado adquirido para a Guarda Ambiental, que vai ajudar no trabalho de fiscalização e monitoramento da APA Guandu Açu (onde fica a importante Estação de Tratamento de Água da CEDAE – a maior do mundo), além de um drone para capturar imagens aéreas de todo o local, equipes da Secretaria de Meio Ambiente percorreram trecho do Rio Guandu e algumas lagoas, como a Lagoão e a Quiabal. Um grupo de pescadores da região acompanhou a vistoria.
O ponto mais crítico foi o fundo do Lagoão, que recebe grande parte da poluição por causa do rompimento dos diques. Há o assoreamento do Rio Poços e de seu leito, que represa a água e faz pressão sobre o dique, acumulando poluição de esgoto.
“O Trabalho de desassoreamento do rio Poços é fundamental para a melhoria da água do Rio Guandu. Além disto, é preciso proteger o arranjo econômico que existe em função do rio, em especial às famílias que vivem da pesca. Precisamos cuidar do rio e do entorno, em especial do saneamento da bacia do Rio Guandu, para que a água chegue aqui já tratada, sem a contaminação do esgoto doméstico e industrial. Temos um paraíso ameaçado, uma riqueza de fauna e flora que precisa ser preservada e acompanhada. Nossa ideia é explorar o turismo nesta região, pois seu potencial é enorme”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Turismo de Nova Iguaçu, Fernando Cid.
Pescador do Guandu desde criança, Vitor Ambrozioni, de 37 anos, conta que há um ano pescava, em média, 150 quilos de peixe por dia. Com o crescimento da poluição no Lagoão, houve drástica redução, passando para cerca de dois quilos de pescado diariamente.
“Conseguia, em média, R$ 8 mil por mês, mas hoje a realidade é outra. Pescava tilápia, cascudo, traíra e tucunaré. Além da quantidade de peixes, nem a variedade da espécie existe mais por causa da água poluída. É importante ter um dossiê com todas as mazelas que vivemos aqui para que o INEA invista neste ponto para que possamos voltar a trabalhar”, afirma o pescador.