#TeamBaixada nas Olimpíadas de Tóquio 2020: Jaqueline Ferreira busca bater novo recorde brasileiro nos jogos

Atleta de Duque de Caxias buscar superar o resultado da edição Rio 2016 e bater novos recordes para o país

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#TeamBaixada nas Olimpíadas de Tóquio 2020: Jaqueline Ferreira busca bater novo recorde brasileiro nos jogos

Jaqueline Ferreira em Londres 2012, onde conseguiu a melhor marca brasileira no esporte feminino. Foto: Mike Ehrmann/Getty Images

Se chegar às Olimpíadas já é um dos grandes auges da carreira de um atleta, imagina ir à sua terceira competição em busca da tão sonhada medalha? Essa é a realidade de Jaqueline Ferreira, atleta da equipe brasileira de levantamento de peso, que irá para a sua terceira Olimpíada como o maior nome da modalidade no país. 

Natural de Vila Maria Helena, em Duque de Caxias, Jaqueline deu seus primeiros passos na vida esportiva com 13 anos, quando se destacou em um evento do Colégio Municipal Jornalista Moacyr Padilha. A esportista foi convidada a participar dos Jogos Estudantis, no atletismo. Ao se destacar nas provas, Jaqueline foi recrutada por um treinador, mas não conseguiu dar continuidade pela dificuldade em arcar com os custos do treinamento.

 

Somente três anos depois, em 2006, deu início a sua carreira no esporte, quando foi novamente recrutada, dessa vez por Dragos Stanica, o atual técnico da seleção brasileira de levantamento de peso. Na época, Jaqueline foi convidada por uma amiga a participar de um teste com o treinador romeno.

 

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Jaqueline Ferreira e Dragos Stanica embarcando para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Foto: Nelson Ayres/CBLP Jaqueline Ferreira já está em Tóquio para a disputa dos Jogos Olímpicos. Foto: Instagram/reprodução

 

Hoje, a América é um dos continentes com destaque no levantamento de peso, ainda que os melhores competidores estejam na Ásia, principalmente na China e na Coréia do Norte. Dos 15 nomes que vão para a categoria de Jaqueline (87 kg), 6 são daqui. Jaqueline afirma que se sente honrada em competir com tantas atletas em alto nível e aposta suas fichas no continente americano.

 

Na minha categoria, tem muitas atletas da América em alto nível, algumas medalhistas no mundial. Acredito que daqui sairão um ou duas medalhistas nas Olimpíadas, então é um orgulho ainda maior estar ali entre as melhores. – disse.

 

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Jaqueline Ferreira já está em Tóquio para a disputa dos Jogos Olímpicos. Foto: Instagram/reprodução

 

Nas Olimpíadas Rio 2016, Jaqueline não conseguiu completar sua série de levantamentos e acabou ficando na última colocação. Dessa vez, a atleta busca atingir um resultado superior, nessa que pode ser sua última participação. A expectativa de Jaqueline em Tóquio é estar entre as 10 melhores e quem sabe trazer mais um recorde para o Brasil, como fez em Londres 2012 ao conseguir a 5º colocação. Ela faz sua participação neste domingo, 1 de agosto, às 23:50 da noite.

 

Planos na Baixada Fluminense

 

Após 18 anos de carreira, a atleta já projeta o futuro dentro do esporte. Formada em Educação Física, Jaqueline tem o objetivo de montar um centro de treinamento em Duque de Caxias, uma vez que não consegue manter sua preparação na cidade e precisa treinar em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A atleta afirma que acredita no potencial dos jovens e sabe mais que ninguém como um empurrão pode fazer toda a diferença para elevar o nível do esporte e atrair cada vez mais a nova geração.

 

Meu maior sonho é ter um lugar para esses jovens. Eu vejo tanto talento, tantas crianças brincando na rua porque a cidade não tem muitos polos esportivos. Muitas crianças não têm opção de esporte, então pra mim seria tão maravilhoso poder contribuir para a vida dessas crianças, assim como o esporte contribuiu para a minha. – conta a esportista.

 

Jaqueline também conta sobre a importância do esporte no seu crescimento pessoal e, apesar de suas ambições no esporte, a atleta também ressalta a necessidade de cultivar novas ideias e manda um recado para a juventude da Baixada Fluminense:

“Eu digo sempre para as novas gerações: façam esporte, mas também estudem. É muito importante porque a gente não dura pra sempre. A vida de atleta é curta, então a gente tem que andar lado a lado as duas coisas: o esporte e a educação. Como meu treinador sempre diz: uma pessoa inteligente, que estuda, vai melhorar no esporte, e isso realmente tem mostrado como é positivo o atleta estar estudando e trabalhando a mente. Por isso eu incentivo o estudo, a prática esportiva e o amor ao esporte. A gente tem que incentivar sempre a buscar o seu melhor.”

 

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