Baixada Fluminense: Amando o conhecido
Colunista convidada, Andrezza Gomes reflete após participar do Minicurso de Comunicação Digital do Site da Baixada + Sesc
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Por Andrezza Gomes
“Você não ama o que você não conhece”.
Realmente. O desconhecido te assusta, assim como uma lenda que mesmo sabendo só o teor folclórico, você ainda teme e resiste a tentação de tocá-la. O desconhecido assombra mais ainda quando é contado pela boca de quem nunca o presenciou. E é mais assustador quando ouvimos só um lado.
No colo de minha mãe em uma consulta médica na Zona Sul, observava a forma que as pessoas nos tratavam diferente ao perguntarem o nosso endereço. Na Região dos Lagos, com 10 anos, uma moça me disse que o lugar onde eu morava era muito perigoso, mas ao retrucar, perguntando se ela já tinha vindo aqui, me disse que não sabia chegar nem na capital, “quem dirá na Baixada”.
Não tinha como provar o contrário. Apesar de ter vivido a minha infância brincando na calçada, sem nenhuma exposição ao perigo, a televisão falava outra coisa. Apesar de ser apaixonada por arte, descobri só aos 13 que em minha cidade tinha uma Casa da Cultura e nas cidades vizinhas haviam teatros.
Refletindo sobre odiar o desconhecido, descobri que para mim, o lugar onde eu moro não era tão desconhecido. Papai morou aqui a vida inteira e conta de uma infância feliz, sem nunca ter sentido vontade de se mudar. Aqui eu ganho amor, afeto, amizade e memórias felizes, porque ainda não sei o futuro, mas quero preservar o passado.
Ao amar o conhecido, quero propagar o amor para que as próximas gerações sintam orgulho ao dizer de onde vieram. Ao amar o conhecido, me torno instrumento de referência e uma máquina de cuidado e geradora de oportunidades para os meus.
Muito orgulho dessa futura jornalista, irmã Deus te abençoe infinitamente! Parabéns.❤️
Estou muito feliz pela oportunidade de ter participado do minicurso e ter meu texto publicado nesse site que eu amo. Muito obrigada!
Que orgulho❤️❤️
Parabéns ❤️