O que faremos por nosso futuro e como queremos chegar em 2030?

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O que faremos por nosso futuro e como queremos chegar em 2030?

Afinal, o que são os Objetivos de Desenvolvimento Social da ONU e por que precisamos falar sobre isso? Essa foi a pergunta que guiou o diálogo entre a atriz Regina Casé, Denise Hills, Eleita SDG Pioneer Brasil 2022 e primeira mulher a presidir a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, e Raull Santiago, produtor cultural e audiovisual, ativista pelos direitos humanos, mudanças climáticas, negritudes e vida na favela. O encontro aconteceu neste domingo, 17/07, durante a GLOCAL Experience.

“Acho que a gente está vivendo cada dia mais o impacto dessas mudanças no nosso ambiente. O efeito colocamos no mundo está mudando tanto hoje estamos vivendo algo achávamos que era muito distante de acontecer. Precisamos escolher o que comemos, em quem vamos votar, o que fazemos. A gente precisa ocupar os espaços com representatividade”, iniciou Denise Hills.

“Intencionalidade – essa é a palavra que precisamos potencializar hoje. Precisamos estar inteiramente em um lugar”, completou Regina.

Ao falar sobre inclusão e acessibilidade, Regina Casé comentou a importância de dar espaços e oportunidades relevantes, com condições justas para todos — a equidade. Usou como exemplo a própria GLOCAL e conversou com um dos profissionais que faziam o receptivo, deficiente visual total, que explicou como foi sua atuação no dia a dia e o suporte dos especialistas em audiodescrição nesse processo.

A questão dos alimentos, e como os espaços públicos das cidades poderiam ser melhor utilizados para o plantio também foi lembrada. “Precisamos pensar a alimentação segura – não só comer, mas saber de onde vem o alimento e como é feito. Precisamos dessa transparência. Às vezes dependemos de comidas que vem de longe, poluindo o meio ambiente em estradas, enquanto as mesmas podem ser cultivadas em locais específicos se houver instrução”, indicou Raull, lembrando que dentro do Complexo do Alemão são desenvolvidos projetos hoje nesse sentido.

Mais cedo, os visitantes acompanharam um debate compromisso das gerações, em especial os mais jovens, com o desenvolvimento sustentável. Thux, da plataforma PerifaConnection, foi muito franca quando falou “A gente quer conseguir construir para mostrar resultado e trazer novas pontas para se conectarem. Precisamos refletir e saber que cada um tem uma trajetória e faz diferença no seu território.”

“A gente precisa perguntar para os novos políticos que vão entrar quais são as propostas de segurança alimentar, de saneamento básico. Precisamos identificar quem são os que vão trabalhar junto com a gente nessa mudança“, completou Daniel Calargo, do Observatório Internacional da Juventude.

Durante nove dias, cerca de 38 mil pessoal estiveram na GLOCAL Experience, que reuniu representantes de diferentes grupos da sociedade, incluindo governo, Academia, Instituições, setor privado e público em geral que acompanharam as atividades da Expo e a conferência internacional.

Essa foi a primeira fase da GLOCAL Experience, que tem uma extensa agenda de atividades e compromissos até o fim do ano com foco em um futuro sustentável em 2030.

Os marcos da GLOCAL Experience 2022:

  • 170 palestrantes na conferência;
  • Mais de 80 horas de palestras;
  • Participação de grandes nomes internacionais ligados à sustentabilidade e ESG como Adam Kahame, John Elkington, Shuo Chen e Jeremy Dawkins;
  • Presença de importantes lideranças indígenas, como Ailton Krenak, Samela Sateré Mawé e Txai Suruí;
  • Agenda cultural com a participação de nomes que representam a diversidade do povo brasileiro como Djamila Ribeiro, Carla Akotirene, Pamela Carvalho e Raull Santiago, entre muitos outros;
  • Aristas de projeção e influência nacional que lideraram debates como MV Bill, Leandra Leal, Regina Casé e Douglas Silva;
  • Empreendedores pioneiros em segmentos como moda, publicidade e produção visual como Clariza Rosa, Rafaela Pinha, Day Molina e Ana Paula Xongani;
  • 17 artistas urbanos, que deixaram suas criações nos cubos que representaram as 17 ODS indicadas pela ONU.

“Essa foi a primeira fase da GLOCAL Experience. Nosso objetivo neste momento era proporcionar um espaço de debate, troca de informações, onde diferentes grupos pudessem trazer informações, falar sobre atitudes que vem alcançando resultados, e pensar em como podemos multiplicar ações positivas efetivas. Já a partir dos próximos dias damos início a um novo momento, que poderá nos levar a ações práticas decisivas para 2030”, conclui Rodrigo Cordeiro, diretor geral da GLOCAL Experience.

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