Incêndio atinge fábrica de fantasias de Carnaval em Ramos e mobiliza resgate
Fábrica Maximus Confecções é uma das principais fornecedoras de roupas e adereços para escolas de samba do Rio de Janeiro

Um grande incêndio atingiu, na manhã desta quarta-feira (12), a fábrica de confecção de fantasias Maximus Confecções, localizada na Rua Roberto Silva, em Ramos, Zona Norte do Rio de Janeiro. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 7h39 para conter as chamas e realizar o resgate de pessoas que estavam no interior do prédio.
Fábrica estava lotada devido ao ritmo de produção para o Carnaval
A Maximus Confecções é uma das principais fornecedoras de fantasias e adereços para as escolas de samba cariocas e, com a proximidade do Carnaval, a produção estava em ritmo intenso. No momento do incêndio, dezenas de pessoas estavam no local, trabalhando na finalização das roupas que seriam usadas nos desfiles.
Imagens transmitidas ao vivo mostraram funcionários se pendurando nas janelas para tentar respirar em meio à fumaça densa. Até a última atualização desta reportagem, 17 pessoas haviam sido resgatadas, e nove delas foram encaminhadas para unidades de saúde com ferimentos causados pela inalação de fumaça e queimaduras.
Escolas de samba podem ser afetadas
A Liga RJ, responsável pelo Carnaval da Série Ouro, convocou uma reunião extraordinária para avaliar os impactos do incêndio na produção das fantasias e buscar soluções para garantir a realização dos desfiles.
Em nota, a entidade destacou a gravidade do ocorrido: “Nossa maior preocupação é com a segurança das pessoas envolvidas. Além disso, a fábrica desempenha um papel fundamental no fornecimento de materiais para as escolas de samba, impactando diretamente o planejamento do Carnaval”.
O Império Serrano e a Unidos da Ponte confirmaram que toda a produção de suas fantasias estava na Maximus Confecções. “Estamos focados em garantir a segurança dos envolvidos e avaliando os danos causados”, disse a diretoria do Império Serrano.
Bombeiros seguem no local
A operação conta com cerca de 90 bombeiros e 30 viaturas, além do Grupamento de Operações Aéreas e equipes especializadas em salvamento em altura.
Melk, um dos trabalhadores resgatados, relatou momentos de desespero. “Eu fui o primeiro a sair, mas não sei quantas pessoas ainda ficaram lá dentro. O fogo começou no térreo e se alastrou muito rápido”, disse ele.
As causas do incêndio ainda serão investigadas pelas autoridades competentes.