SuperVia reforça medidas de segurança para combater pessoas viajando fora do trem entre Ricardo de Albuquerque e Mesquita

Ações incluem monitoramento por câmeras, reforço de vigilantes e atuação policial para prevenir riscos nos trens e estações

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SuperVia reforça medidas de segurança para combater pessoas viajando fora do trem entre Ricardo de Albuquerque e Mesquita

A concessionária de trens SuperVia anunciou novas medidas de segurança para enfrentar a prática do que a empresa chama de “carrapatos do trem” – pessoas que se arriscam viajando em áreas externas dos trens, como tetos ou entre vagões. O foco do planejamento está no trecho entre as estações Ricardo de Albuquerque e Mesquita, onde serão instaladas câmeras de monitoramento que funcionarão 24 horas por dia, com acompanhamento em tempo real pelo Centro de Controle Operacional (CCO).

As câmeras, cuja quantidade e localização exata não foram divulgadas por questões de segurança, devem estar em funcionamento completo até fevereiro de 2025.

Monitoramento e reforço na segurança

Além do uso da tecnologia, a SuperVia informou que aumentou a presença de vigilantes no trecho entre Ricardo de Albuquerque e Edson Passos. Policiais do programa Proeis também estão atuando em estações como Ricardo de Albuquerque, Olinda e Edson Passos. Caso sejam flagradas viajando em áreas externas dos trens, as pessoas serão detidas e encaminhadas a delegacias com o apoio do Grupamento de Polícia Ferroviária (GPfer) e batalhões locais.

Segundo dados da concessionária, entre janeiro e novembro deste ano foram registradas 55 ocorrências de pessoas viajando fora dos trens. O ramal Japeri concentrou a maior parte dos casos, com 31 episódios, seguido pelo ramal Deodoro, com 17 registros.

Riscos e ações legislativas

O comportamento perigoso preocupa autoridades públicas. O deputado estadual Munir Neto (PSD), presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), afirmou que a prática é motivo de grande apreensão:
“Já tivemos acidentes graves. Estamos elaborando um projeto de lei para inibir ainda mais essa prática perigosa”, disse o parlamentar.

A legislação penal brasileira também prevê sanções para casos envolvendo interferência em linhas férreas. O artigo 260 do Código Penal estabelece penas de dois a cinco anos de reclusão, além de multa, para quem impedir ou perturbar o serviço de estrada de ferro com a intenção de causar desastre ferroviário. Se ocorrerem acidentes com vítimas ou maiores danos, as penas podem aumentar para até 12 anos de reclusão.

Período crítico e ações educativas

A gerente de Comunicação e Sustentabilidade da SuperVia, Juliana Barreto, informou que a concessionária observou uma oscilação no número de casos ao longo do ano. Apesar de uma redução recente, a empresa segue em alerta para possíveis aumentos durante o período de férias escolares e verão:
“Os números de casos de carrapatos estão oscilando mês a mês. Estamos verificando uma queda significativa nas últimas semanas, mas seguimos em alerta. Vamos continuar monitorando os trechos mais conflagrados e promovendo conscientização”, disse Juliana.

Segurança no transporte ferroviário

A SuperVia reforçou que a segurança é essencial para o funcionamento do sistema ferroviário e pediu colaboração da sociedade para combater essa prática perigosa. Segundo a empresa, a prevenção de tragédias depende do respeito às normas e do esforço coletivo.

As iniciativas, que combinam tecnologia, fiscalização e ações educativas, visam minimizar os riscos para passageiros e pedestres, mas também reacendem o debate sobre a necessidade de políticas públicas e melhorias no transporte público na Baixada Fluminense e em todo o estado do Rio de Janeiro.

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