Baixada Fluminense vive nova onda de covid em novembro de 2022

Os postos de saúde, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), clínicas e hospitais apresentam uma alta nos casos de gripe. Com a nova cepa de covid-19, a BQ.1, é possível que esteja acontecendo um novo surto da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é provável que essas novas mutações estejam conseguindo driblar de alguma forma a imunização. Nesta sexta (11), foram registrados aumento de casos positivos de covid-19 em Nova Iguaçu e em São João de Meriti. Na UPa de Comendador Soares foram cerca de 40 casos positivos somente pela manhã. O registro foi feito por nossos jornalistas Lucas Cruz e Thiago Kuerques.
Uma das causas para o aumento, de acordo com a FioCruz, é a baixa procura por uma imunização completa. Cerca de 65% da população da cidade do Rio de Janeiro não retornou para tomar a segunda dose da vacina. Em Nova Iguaçu, por exemplo, 631.315 pessoas tomaram a primeira dose enquanto somente 312,604 tomaram a terceira dose. Além da baixa adesão à imunização completa, a própria duração da imunização pode estar chegando à fase menos aguda. Portanto, é ainda mais importante buscar vacinação das doses faltantes.
Outro fator que possa ter influenciado a percepção de que é “apenas uma gripe” é a variação climática. O mês de novembro, normalmente de temperaturas em crescente, foi de máximas e mínimas muito distintas do comum. Na primeira semana algumas temperaturas chegaram a 18ºC de máxima registrada em Nova Iguaçu. Em outros dias a máxima atingiu 32ºC. A população pode interpretar sintomas como consequências da variação climática.
FioCruz aponta para os riscos do baixo uso de máscara e das aglomerações, principalmente por conta de eventos que envolvem a Copa do Mundo que se aproxima. As universidades do Rio de Janeiro como UFF, PUC, UNIRIO e UFRJ, recomendaram a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras para conter o avanço da nova cepa.