Produtores apostam em financiamento coletivo para filme sobre o prédio do Posto 13

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Produtores apostam em financiamento coletivo para filme sobre o prédio do Posto 13

Os produtores do filme @predioposto13 – MEU NOME É UNIÃO apostam em uma nova campanha de financiamento coletivo para viabilizar a realização do projeto do longa-metragem previsto para estrear em 2021.

O objetivo é arrecadar R$ 205 mil, valor que será empregado no pagamento dos trabalhadores envolvidos nos processos de pré-produção, produção e finalização do filme. Com isso, espera-se tirar do sufoco 33 profissionais, entre eles, moradores das cidades de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo e Nilópolis, todos afetados diretamente com a pandemia do Covid-19 e as medidas de isolamento e distanciamento social que impedem que exerçam suas atividades e faturem renda. A campanha está no ar na plataforma Catarse e pode contar com o apoio de pessoas físicas e de empresas.

A primeira etapa de filmagem do @predioposto13 aconteceu entre os dias 4 e 8 de março, diante da construção que fica às margens da Rodovia Presidente Dutra, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Na época, uma campanha flexível que durou 20 dias foi lançada também no Catarse com o objetivo de arcar com os custos dessa fase. No entanto, o valor arrecadado foi de apenas 7% do pretendido. O projeto acabou sendo apoiado por 92 pessoas e o valor de R$ 4.925 arrecadado foi dividido e serviu como adiantamento para uma parte da equipe. Ao todo, 33 profissionais do audiovisual, comunicação, pesquisa, arquitetura e jurídico, participaram diretamente do projeto nesta fase.

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil e diante das devidas medidas implantadas para a segurança da população para evitar a contaminação, as etapas previstas de filmagens no entorno do prédio e cidades vizinhas, tiveram que ser interrompidas. Mas a previsão é que parte da equipe retome os trabalhos das próximas etapas assim que possível.

O novo financiamento coletivo que está no ar no Catarse desde o dia 18 de maio e segue até 17 de julho, mas arrecadou até aqui menos de R$ 1 mil (8 de junho de 2020, 12h31). Diretora do filme, Josy Antunes explica que a vaquinha online servirá para pagar de forma justa os salários retroativos para quem esteve na primeira etapa, gasto estimado em R$ 124.800. Já R$ 61 serão usados para arcar com as remunerações das próximas etapas, que ainda envolvem a filmagem e finalização do longa-metragem. E R$ 19.200 serão destinados ao pagamento das recompensas criadas para a campanha que está disponível neste link https://www.catarse.me/predioposto13_etapa2.

As doações podem ser feitas a partir de R$ 10. Já os apoios acima de R$ 50 contam com recompensas como ecobags, pôster do filme, quebra-cabeça e camiseta com ilustração do prédio. Além de serviços como ensaio fotográfico com a cineasta Cíntia Lima e oficina de videoclipe com o montador do filme, Higor Cabral.

Para sair do sufoco

Moradora da cidade de Nilópolis, Cíntia Lima diretora assistente do filme e seu companheiro, Adrian Monteiro, assistente de produção de set torcem pelo sucesso da campanha. “Atingir essa meta nesse momento [de pandemia] é de extrema importância porque muitos realizadores do audiovisual como eu e meu companheiro estão sem trabalhar e sem receber. Se tivermos a meta batida é uma forma de receber por nosso trabalho. E sei que isso daria um respiro para toda equipe do filme”, afirma Cíntia.

Coordenadora de produção do filme, Luana Pinheiro lembra que a situação do segmento cultural para realizadores da Baixada Fluminense tem sido bastante complexa. “A área da cultura é sempre uma das mais vulneráveis. E a maioria dos profissionais participantes do projeto do filme sobre o prédio é baixadense. Esse financiamento coletivo para a equipe é uma forma de garantir sustento”, completa.

Foto: Mazé Mixo

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