Alunos da rede estadual da Baixada Fluminense contestam aulas online

Na Baixada Fluminense são mais de 200 mil alunos distribuídos nos mais de 300 colégios estaduais da região

Publicado em:

Por

Alunos da rede estadual da Baixada Fluminense contestam aulas online

Com o fechamento das escolas como medida de prevenção novo coronavírus, alunos de ensino médio e fundamental de escolas estaduais do Rio de Janeiro começaram a estudar online. Através da plataforma Google Classroom, os alunos e professores deverão seguir o calendário de conteúdos do ano.

O problema começa por aí. Muitos alunos relatam não ter acesso a computadores ou a internet banda larga para a realização das atividades. Alessandra Coelho, estudante da EJA e mãe de dois alunos do CIEP Brizolão 175 José Lins do Rego relatou nas redes sociais: “Boa tarde, sou aluna do NEJA 104, mãe do Jefferson 804, Sergio 704. Quero fazer um desabafo. Meus filhos e eu estudamos no CIEP 175 e infelizmente não temos como acompanhar sempre as aulas, temos um celular que usamos emprestado. Porém nem sempre temos acesso a internet. Entendo que nem os professores e nem a escola têm culpa pelo que estamos passando com essa pandemia. Mas não tenho o que fazer e sem poder acompanhar as aulas eles perdem conteúdo e não aprendem. Eu penso da seguinte forma… indo as aulas presenciais já não aprendem direito, imagina em aulas online. Só não quero que nem eu e nem eles sejam prejudicados pela falta de acesso às aulas. Desculpem o desabafo, mas sou mãe e quero sempre o melhor para meus filhos.

A Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) tinha prometido enviar as atividades impressas para alunos que não tivessem acesso à plataforma, além de um chip com internet para todos. Até agora nada disso foi posto em prática.

Além desses, outros problemas são encontrados: a falta de informação e complexidade de acesso a plataforma foi uma barreira para muitos. O estudante Claudio Souza, que está no 9º ano do ensino fundamental, relata que muitos de seus colegas não conseguiram acessar de primeira. “Muitas pessoas da minha turma não sabem seu número de matrícula ou não sabiam mexer na plataforma. Eu fiz um tutorial para  tentar ajudar, e aí alguns conseguiram acessar, mas até hoje a maioria tem problemas”, comenta.

A junção de todos esses fatores pode transformar o que era uma ajuda aos alunos numa perda total do ano letivo. Muitos estão preocupados com as provas de vestibulares no fim do ano, como o ENEM que foi confirmado pelo Ministério da Educação.

Boletim Baixada

Os principais assuntos da Baixada Fluminense gratuitamente no seu email.

Site da Baixada
Site da Baixada

FREE
VIEW