Em 20 dias, Baixada Fluminense saiu do primeiro caso para 259º de Covid-19

Primeiros curados trazem esperança, mas o número de infectados continua subindo

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Em 20 dias, Baixada Fluminense saiu do primeiro caso para 259º de Covid-19

Os primeiros pacientes curados da doença causada pelo novo Coronavirus, a Covid-19, já começam a surgir na Baixada Fluminense. Na manhã de hoje, por exemplo, Belford Roxo anunciou em suas redes sociais a cura de um paciente internado no bairro de Areia Branca. A cidade tem atualmente 46 casos confirmados da doença, de acordo com o Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Apesar dos sinais de esperança surgirem também em outras cidades, os números continuam subindo. O último levantamento do Site da Baixada realizado na noite de ontem (12/04) aponta que a Covid-19 na Baixada Fluminense deixou 27 óbitos, 344 casos confirmados e mais de 1.700 casos suspeitos.

Entre estes casos confirmados está o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, que foi internado em Botafogo, no Rio de Janeiro. No início da pandemia, o chefe do executivo do município havia afirmado que a cura da Covid-19 viria da igreja e foi necessária uma ação do Ministério Público para manter as igrejas fechadas em Duque de Caxias. Em nota para a imprensa enviada no sábado (11), a Prefeitura informou que o prefeito foi ‘acometido por um forte resfriado desde a última quarta-feira (09), e havia testado negativo para COVID-19 em dois exames’.

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O crescimento de casos na Baixada Fluminense acompanha os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS): o período de incubação (tempo entre a infecção do ser humano pelo vírus e o início dos sintomas da doença) da Covid-19 é de 1 a 14 dias, geralmente ficando em torno de 5 dias. Desde a última segunda-feira (06), diversas aglomerações foram registradas nas regiões centrais da Baixada Fluminense por conta do quinto dia útil do mês, – mesmo com todos os avisos emitidos por todas as esferas de governo e a ampla divulgação da imprensa. A semana seguiu com aglomerações nas ruas diante do feriado da páscoa, quando diversas filas se formaram para compras em lojas varejistas.

Na última semana, indo além dos dados divulgados pelos governos, o Site da Baixada analisou o processo de divulgação de casos da Covid-19 junto de um olhar antropológico sobre os números, avaliando que fatores como a circulação e proximidade entre as cidades da Baixada Fluminense também precisam ser levados em conta, quando se trata do avanço do Coronavirus no território.

Iniciativas solidárias surgem entre a população

A pandemia e os riscos de contaminação não têm sido suficientes para fazer as pessoas na Baixada Fluminense desistirem de ajudar o próximo. A prova disso são iniciativas como  a ong Apadrinhe um Sorriso, em parceria com o coletivo Movimenta Caxias, que está entregando cestas básicas no Parque das Missões.

Já em São João de Meriti, surgiu o Projeto Quarentena Solidária para arrecadar doações e distribuir para famílias em situação de vulnerabilidade. Não só em Meriti, mas em várias outras cidades da Baixada Fluminense tem surgido  iniciativas que estão distribuindo cestas básicas e itens de higiene.

No campo político, a sociedade civil se organizou para a assinatura de duas cartas: uma que cobra dos governos municipais que estabeleçam medidas preventivas nas cidades da região e outra especificamente voltada para o apoio a trabalhadores de cultura da região que carecem de editais e programas de incentivo a produção artística, que agora estão sem nenhuma fonte de renda para suas atividades.

A resposta das prefeituras tem sido voltada para o auxílio com cestas básicas e outros itens, como em Duque de Caxias, Guapimirim, Mesquita, Magé e Paracambi. Além disso, a maioria das cidades tem dedicado a comunicação através das redes sociais para conscientizar a população sobre os riscos do novo Coronavirus e a importância do isolamento.

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