Baixada Fluminense acumula mais de 100 mil casos de Coronavirus — óbitos passam de 7 mil
Total de óbitos é superior a países como Uruguai e Venezuela
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Por Wesley Brasil
O noticiário nacional de ontem (19) alertou para o número de óbitos por Coronavirus no Brasil, que chegou à marca de meio milhão. Entre diversas análises que incluem os territórios do Oiapoque ao Chuí, estão dados como a colocação do país na corrida pela vacina (67º) e vários outros, facilmente encontrados numa busca pelo Google.
Utilizando dados fornecidos na plataforma aberta do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o Painel Coronavirus Covid-19, o Site da Baixada fez um levantamento dos números da pandemia na Baixada Fluminense – e o resultado coloca a região num mórbido ranking mundial, na frente de países inteiros com menos habitantes que as terras que circundam a capital carioca.
Com 109.229 casos confirmados de Covid-19, se fosse um país, a Baixada Fluminense seria o 95º com maior número de casos. Os dados são diretamente influenciados pela quantidade de testes disponíveis e também pela apuração das prefeituras, que é enviada para a Secretaria Estadual de Saúde. Além disso, a subnotificação tem sido alvo de estudos como o “Excesso de mortes durante a pandemia de Covid-19: subnotificação e desigualdades regionais no Brasil“. A porcentagem elevada de mortes excedentes, de mortes não explicadas diretamente pela Covid-19 e de mortes fora do hospital sugerem alta subnotificação de mortes por Covid-19.
Já são 7.212 óbitos por Covid-19 entre as 13 cidades da Baixada Fluminense. Só Nova Iguaçu registrou 1.620 óbitos, enquanto Duque de Caxias ocupa a segunda colocação com 1.439. Num ranking mundial, a Baixada Fluminense seria o 52º, na frente de países como Uruguai e Venezuela.
Veja a tabela de casos e óbitos distribuídos por cidade:
Coronavirus na Baixada Fluminense | ||
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Casos | Óbitos | |
Belford Roxo | 20.288 | 691 |
Duque de Caxias | 21.729 | 1.439 |
Guapimirim | 4.706 | 169 |
Itaguaí | 5.085 | 339 |
Japeri | 1.035 | 79 |
Magé | 11.659 | 531 |
Mesquita | 3.310 | 400 |
Nilópolis | 3.485 | 444 |
Nova Iguaçu | 17.927 | 1.620 |
Paracambi | 2.432 | 115 |
Queimados | 5.665 | 170 |
São João de Meriti | 9.711 | 1.042 |
Seropédica | 2.197 | 173 |
TOTAL | 109.229 | 7.212 |
Rio de Janeiro | 355.773 | 27.930 |
Fonte de dados: Governo do Estado do Rio de Janeiro |
Por mais que o Rio de Janeiro seja outra cidade, seus números também se fazem necessários para uma análise geral dos dados da pandemia na Baixada Fluminense: não são raros os casos de moradores da região que se tratam no Rio, além da mobilidade do vírus entre a capital carioca e a Baixada Fluminense. O primeiro caso de coronavírus na região, por exemplo, foi de uma pessoa que trabalhava no Rio e morava em Duque de Caxias. O próprio prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, teve Covid-19 e buscou tratamento em Botafogo, bairro da zona sul carioca.
Em contraste com o número de óbitos e casos, a vacinação chegou na Baixada Fluminense e tem avançado na direção da população em geral sem comorbidades. Em Nilópolis e Duque de Caxias, por exemplo, pessoas em situação de rua começaram a ser vacinadas. Para acompanhar a vacinação na região, o Site da Baixada preparou o link: https://sitedabaixada.com.br/assunto/vacinacao/