Trabalhadores da cultura na Baixada Fluminense cobram políticas públicas para o setor durante a quarentena

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Trabalhadores da cultura na Baixada Fluminense cobram políticas públicas para o setor durante a quarentena

Nesta segunda-feira (30), dezenas de artistas e produtores culturais da Baixada Fluminense se organizaram para a publicação de uma carta manifesto em virtude da paralisação do setor cultural causada pelas medidas de contenção do Coronavírus/COVID-19.

O documento intitulado #CulturaBXDdeQuarentena está aberto para receber assinaturas de grupos e profissionais da cultura que atuam na região e propõe políticas públicas que evitem o colapso da cena cultural da Baixada Fluminense, um dos maiores pólos de produção cultural do estado do Rio de Janeiro.

Clique aqui para fazer o download da carta

O impacto das medidas de isolamento é sinalizado no documento, que aponta carências na região como a ausência de editais e de programas de fomento às artes. Ele aponta ainda que a Baixada Fluminense está caminhando para “um colapso no circuito cultural local que depende quase que exclusivamente de público (ou seja, aglomerações)”.

Dados são alarmantes, aponta levantamento

Um levantamento feito pelo Site da Baixada indica que a oferta de espaços culturais não condiz nem com o tamanho do território e nem com a quantidade de profissionais do setor. Nas artes cênicas, são pouquíssimos teatros públicos com estrutura de palco, luz, som e coxias. Entre os principais teatros, 3 são de propriedade do Sesc e um da Firjan:

Caxias – Teatro Raul Cortez, Teatro Sesi Firjan;
Nova Iguaçu – Teatro Sylvio Monteiro e Sesc;
São João de Meriti – Sesc.

Além destes teatros, existem ainda salas de espetáculo e auditórios que acabam atendendo a demanda reprimida por espetáculos de artes cênicas, shows, cineclubes e até outras atividades como palestras e debates.

Nas políticas públicas, nem todas as cidades têm o ‘CPF da cultura’: Conselho, Plano e Fundo municipal de Cultura. Apesar de algumas cidades cumprirem este passo básico para organização do setor, nem todos têm o ‘CPF’ atuante e carecem de Conselhos municipais mais atuantes, Planos Municipais que sejam efetivamente aplicados ou ainda de Fundos Municipais com recursos ou sequer com contas bancárias abertas. Além disso, ainda carecem leis para regulamentação tanto do artista de rua quanto de eventos em praças públicas.

Para assinar a carta #CulturaBXDdeQuarentena, basta clicar aqui e preencher o formulário.

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